A cidade de Coimbra tem sido palco de alguns dos maiores concertos internacionais nos últimos anos. Há cerca de dois anos, os quatro concertos dados pela banda Colplay nesta cidade universitária animou a economia, tendo a faturação dos negócios locais subido 8,4% nos quatros dias do evento. Agora, o efeito da passagem dos Guns N’ Roses pela cidade também teve um impacto positivo na economia local, embora menos do que o proporcionado pela banda de Chris Martin.

Esta subida foi impulsionada sobretudo por uma escalada na faturação proveniente do consumo estrangeiro, que subiu 35,30% face a 2024, tendo a faturação nacional crescido apenas 9,97%, pode ler-se no estudo.

De acordo com o relatório Reduniq Insights, que analisa a evolução dos pagamentos registados por cartão na rede Unicre, mostra que a faturação dos negócios da região de Coimbra subiu 12,38% no dia do concerto, que aconteceu na passada sexta-feira, 6 de junho, comparativamente à sexta-feira equivalente de 2024. Esta subida foi impulsionada sobretudo por uma escalada na faturação proveniente do consumo estrangeiro, que subiu 35,30% face a 2024, tendo a faturação nacional crescido apenas 9,97%, pode ler-se no estudo. No entanto, e apesar do impacto positivo do consumo estrangeiro na região, o relatório revela que os portugueses foram aqueles que mais contribuíram para a economia local no dia do concerto, tendo a faturação de origem nacional representado 88,58% do total das receitas.

De qualquer forma, a diversificação do consumo estrangeiro cresceu. Se no mesmo período de 2024, a região de Coimbra recebeu 73 nacionalidades diferentes, em 2025 esse número subiu para 84. Entre as nacionalidades estrangeiras que se destacaram pelo maior contributo para e economia local no dia do concerto, está a Espanha, que subiu da terceira para a primeira posição enquanto nacionalidade com maior peso de faturação estrangeira na região de Coimbra. Segue-se depois o Brasil, que caiu do primeiro lugar para o segundo, e em terceiro ficaram os Estados Unidos.

Valor médio gasto baixou face a 2024

A Reduniq analisou também o ticket médio, ou seja, o valor médio gasto por compra, verificando que, no entanto, se notou aqui uma ligeira descida de 8,91% deste valor, que passa de 29,19 euros, registados em 2024 para 26,59 euros atingidos agora em 2025. Segundo Tiago Oom, head of Merchant Acquiring da UNICRE, esta quebra “pode justificar-se por uma maior contração do consumo por parte dos portugueses (espelhado na descida de 10,39% do ticket médio nacional para 25,93 euros). No entanto, esta descida é suportada pelo dinamismo que o turista estrangeiro mantém junto da economia local, tendo impulsionado o ticket médio estrangeiro em 3,99% para 33,14 euros”. Este valor médio gasto foi, no entanto, inferior ao dos concertos dos Coldplay. Em 2023, o Reduniq Insights mostrava que o ticket médio era de 30,38 euros.

Entre as nacionalidades estrangeiras que se destacaram pelo maior contributo para e economia local no dia do concerto, está a Espanha, que subiu da terceira para a primeira posição enquanto nacionalidade com maior peso de faturação estrangeira na região de Coimbra.

Analisando os dados por setor de atividade, os portugueses gastaram mais em gasolineiras, que registaram um crescimento de 82% face ao mesmo dia de 2024, em restauração, setor que cresceu quase 40% e em supermercados, com um incremento de 4,43%. Do lado da despesa dos estrangeiros, o setor com mais incremento de receitas foi a hotelaria e as atividades turísticas, com uma variação de 127%, a restauração com crescimento de cerca de 30% e os supermercados com 20%.