O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, esta quinta-feira, manter inalteradas as taxas de juro de referência, confirmando assim as previsões dos analistas. Assim sendo, as taxas permanecerão em, respetivamente, 2,00%, 2,15% e 2,40%.

“A inflação situa‑se atualmente no objetivo de médio prazo de 2%. (…) As pressões internas sobre os preços continuaram a abrandar, com o crescimento mais lento dos salários. Refletindo, em parte, as anteriores reduções das taxas de juro decididas pelo Conselho do BCE, a economia provou ser, até à data, globalmente resiliente num enquadramento mundial difícil. Ao mesmo tempo, a conjuntura mantém‑se excecionalmente incerta, sobretudo devido a litígios comerciais”, justifica o BCE.

No comunicado, o Conselho do BCE refere, ainda assim, que está "pronto para ajustar todos os instrumentos à sua disposição para garantir que a inflação se estabiliza na meta de 2% no médio prazo".

Na última reunião, em Frankfurt, o BCE decidiu baixar a principal taxa de referência para 2,0%, tendo esta sido a sétima redução consecutiva.

Desde junho de 2024 que o BCE tem invertido o ciclo de restrição iniciado dois anos antes para combater a subida de preços, tendo a taxa de depósito passado de um recorde de 4,0% para 2,0%.

Tendo em conta a decisão desta quinta-feira, confirmam-se as previsões dos analistas de que a haver novas mexidas acontecerão depois de agosto, prevendo-se, nessa altura, um último corte de 25 pontos base que deixe a taxa de depósitos nos 1,75% antes do fim do ano.

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