
O Banco Mundial reviu em baixa a previsão de crescimento da África subsaariana este ano, antecipando agora uma expansão de 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB), que compara com os 4,2% que estimava em Janeiro.
“O crescimento deste ano e do próximo deverá ser mais fraco do que anteriormente previsto, devido à deterioração do ambiente externo e a ventos contrários internos”, lê-se no relatório sobre as Perspectivas Económicas Globais, nesta Terça-feira, 10, divulgado em Washington.
O abrandamento no crescimento, que ainda assim fica acima dos 3,5% registados no ano passado, o Banco Mundial aponta no relatório que deve-se à “elevada dívida pública, taxas de juro ainda elevadas e aumento dos custos de serviço da dívida, que encurtaram o espaço de manobra orçamental, levando a esforços de consolidação orçamental em muitos países, especialmente porque as necessidades de financiamento continuam elevadas devido aos cortes no financiamento do desenvolvimento”.
Apesar da aceleração do crescimento das economias africanas este ano, refere o documento, os ganhos no rendimento ‘per capita’ “vão continuar inadequados para garantir um progresso significativo na redução da pobreza extrema na região, que é onde está a maioria dos pobres a nível mundial”.
“Os problemas no mercado de trabalho na região, que é a que alberga mais desempregados no mundo, vão ser agravados pela juventude do continente, “já que o ritmo de criação de postos de trabalho dificilmente conseguirá alcançar a rápida expansão da população em idade activa”, explica o banco Mundial.
O banco Mundial, diz a Lusa, que admite haver vários riscos que podem materializar-se e piorar as previsões.