Oliver Tarvet é o número 733 do mundo e conquistou a maior vitória da carreira em Wimbledon. Contudo, o jovem de 21 anos não poderá receber diretamente a maior parte do prémio, de cerca de 115 mil euros.

O tenista britânico, que venceu o suíço Leandro Riedi esta segunda-feira, em três sets (6-4, 6-4 e 6-4), atualmente joga no circuito universitário dos EUA, onde os atletas têm de ser amadores.

Segundo o Daily Mail, os atletas estudantes apenas podem receber até 10 mil euros em prémios monetários.

No entanto, Tarvet disse à BBC que está «muito feliz» por estar nesta posição, valorizando a vitória alcançada frente ao tenista italiano: «Todo o trabalho árduo que realizei nos últimos anos claramente valeu a pena.» 

E, na verdade, Tarvet pode aceder a parte dos restantes 105 mil euros — desde que sejam registados como despesas. «Tenho de arranjar 80, 90 mil euros de despesas. O ténis é um desporto caro, pode ser que consiga. Pagar um pouco mais aos meus treinadores, voar em classe executiva...», brincou. «Mas não estou aqui pelo dinheiro, estou aqui pela experiência e para deixar a minha marca.»

O tenista britânico, oriundo das qualificações e que tem o pior ranking de todo o quadro principal, vai enfrentar agora Carlos Alcaraz, que venceu também esta segunda-feira Fabio Fognini.

«É um sonho realizado para mim jogar em Wimbledon e é realmente especial», disse.

Já não é a primeira vez que esta situação acontece. No ano passado, a australiana Maya Joint viu fugirem-lhe quase 110 mil euros, depois de ter chegado à segunda ronda do US Open.