
Tony esteve apenas duas épocas e meia no Paços de Ferreira, suficientes para que este seja o clube que lhe é imediatamente associado quando se aborda a sua carreira profissional. O antigo lateral direito representou o clube, como jogador, entre 2011 e 2014, tendo contribuído para a mais importante página da história do clube ao ter sido parte do plantel que alcançou o terceiro lugar da Liga, em 2012/13, o que permitiu que na época seguinte os pacenses disputassem a fase de qualificação para a UEFA Champions League e a fase de grupo da Europa League.
Onze anos passados, o Paços luta para não ser despromovido à Liga 3 e Tony, hoje com 44 anos, recorda os bons velhos tempos com saudade. «Ter estado na equipa do Paços que vai à Liga dos Campeões e ter feito um golo importantíssimo ao Sporting, que nos qualificou para a Champions [play-off] sempre associou muito a minha imagem ao clube, que tem valores nos quais muito me revejo», identifica, com orgulho.
Hoje como adepto, o antigo jogador pacense acredita que o pior cenário – a queda desde a Liga 2 – poderá ainda ser evitado. «A união que sempre fez a força de ser do Paços tem de prevalecer no último jogo, para garantir o play-off para a Liga 3 e, depois, ir a esse play-off, pois já não há capacidade de salvar automaticamente. É assegurá-lo», aponta, sem hesitar.
Apesar de ser um digno representante da geração dourada do Paços de Ferreira, Tony considera não ser relevante encontrar culpados ou perder tempo com lamentos. «Não podemos arranjar culpados e era injusto fazê-lo neste momento, ou comparar o projeto da altura e o que se está a passar agora, neste momento. O que digo é que pessoalmente custa-me, dói-me ver o Paços um pouco à deriva», assumiu, triste com a realidade atual do clube.