Thiago Alcántara e Jill Scott estiveram esta sexta-feira em Lisboa a perspetivar a final da Liga dos Campeões feminina que amanhã, sábado, coloca Arsenal e Barcelona frente a frente no relvado do Estádio José Alvalade. O antigo futebolista híspano-brasileiro e a ex-jogadora britânica são os dois embaixadores da marca Heineken para a UEFA Women's Champions League e, a propósito da ocasião na capital portuguesa, marcaram presença na Fan Zone da UEFA que estará entre hoje e sábado na Praça do Comércio.

Em entrevista a Record, o antigo jogador de Barcelona e Bayern Munique, entre outros, perspetivou o duelo entre Arsenal e Barcelona, considerando que as catalãs são favoritas para erguer o troféu, e analisou, ainda, o crescimento que o futebol feminino tem tido, especialmente nos últimos anos.

"As duas equipas fizeram um ótimo trabalho durante a temporada e merecem estar nesta final. Obviamente, temos que dizer que o Barcelona é favorito, não só por ter conseguido tantas presenças em finais e tantos títulos consecutivos nos últimos anos, mas também pelo estilo de futebol que praticam. O Arsenal tem vindo a trabalhar bem na Premier League. Terminaram em segundo, mas também tiveram um grande ano. Enfim, estamos a falar de uma final. O Barcelona irá jogar com a experiência de ter disputado mais finais, mas tudo pode acontecer. Acho que será muito entre quem conseguir lidar melhor com o nervosismo e quer tiver feito uma melhor preparação. Podemos dizer que a equipa que estiver mais preparada e conseguir usar todas as suas ferramentas será a vencedora da final", começou por dizer o duas vezes campeão europeu por clubes, primeiro com o Barcelona (2010/11) e depois com o Bayern Munique (2019/20), referindo de seguida como tem acompanhado a ascensão do futebol feminino.

"Agora também estou com diferentes projetos e a desenvolver o futebol feminino e tudo mais. Do ponto de vista profissional, vemos que o futebol feminino está a ter um impacto gigante, não só pelo nível técnico e físico das jogadoras, mas também pelo desenvolvimento e tudo o que envolve o futebol feminino. Por isso, acho que é importante conhecer o que está também à volta do futebol feminino porque é muito menos rígido ou do 'old fashion school' que há no futebol masculino. Então, não só acho que elas estão a aprender a se desenvolverem como o futebol masculino também pode aprender muitas coisas com o futebol feminino", acrescentou, ao nosso jornal.