O estónio Ott Tanak realizou o melhor tempo logo na primeira classificativa do dia (9.14,9 minutos), o que valeu ao piloto da Hyundai instalar-se na frente do Rali de Portugal, onde se manteve aliás até à pausa, depois dos quatro troços disputados esta manhã. Mesmo assim, não está totalmente satisfeito. «O carro não está a funcionar bem, está muito solto. Mas estamos apenas na primeira fase», considerou o piloto cuja liderança está presa por fios.

O antigo campeão do mundo (2019) fechou a primeira secção desta sexta-feira com o tempo de 38.45,1 minutos, mas apenas com 0,2 segundos de vantagem sobre o segundo classificado, o francês Adrien Fourmaux (Hyundai i20), com outro francês, Sébastien Ogier (Toyota Yaris), recordista de vitórias na prova lusa, seis, em terceiro, a 7,4 s, ele que também não está convencido. «Há alguma coisa errada. A afinação não é a melhor. O carro está demasiado macio», disse Ogier.

O britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris), que tinha vencido a superespecial de ontem, na Figueira da Foz, perdeu a liderança logo no primeiro troço, em Mortágua, depois da entrada ao ataque de Tanak. Na realidade, Evans tem sido prejudicado pelo facto de ser o primeiro piloto em pista, tendo de limpá-la para os pilotos que o seguem. «A aderência é bastante complicada em alguns sítios e o final estava muito escorregadio», revelou.

Um problema que também tem assolado o finlandês Kalle Rovanpera (Toyota Yaris), que ainda aguentou o segundo lugar conquistado logo de manhã em Mortágua e Lousã. Contudo, o antigo bicampeão mundial (2022 e 2023) não resistiu à investida de Fourmaux no terceiro troço, em Góis, caindo para quinto em Arganil, atrás do japonês Takamoto Katsuta (Toyota Yaris).

Pior sorte teve o campeão mundial, o belga Thierry Neuville (Hyundai i20), após um pião em Mortágua – «perdi a traseira», contou no final – que o deixou no sétimo lugar, a 25,8 segundos do comandante. Mortágua foi também de má memória para o letão Martins Sesks (Ford Puma), que teve um furo que o empurrou para baixo na classificação e, ao final da manhã, está já a 4.14,8 minutos. «Furei na terceira curva. Havia uma pedra grande à saída e passámos por cima dela. Foi um grande azar», disse Sesks.

Entre os pilotos que disputam o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), o mais rápido tem sido o norte-irlandês Kris Meeke (Toyota Yaris). «Foi uma manhã decente. Não foi perfeita, mas decente», considerou o campeão nacional.

Dani Sordo (Hyundai i20) segue na segunda posição, apesar de ter sentido uma fuga de combustível na segunda especial da manhã, na Lousã, o que deixou o espanhol enjoado. «Há muito cheiro a combustível dentro do carro. Até estou um pouco mal disposto», confessou.

A prova segue esta tarde, com nova passagem pelos troços de Mortágua, Lousã, Góis e Arganil, antes da estreia dos troços Águeda/Sever e Sever/Albergaria, ao final da tarde.