
Se nos homens há muito que havia quem tivesse ganho por duas vezes, em Peniche, para o circuito principal da Liga Mundial de Surf (WSL), que esta temporada surge como a terceira etapa do campeonato do mundo, casos de Mick Fanning (Estados Unidos, 2009 e 2014), Ítalo Ferreira (Brasil, 2018 e 2019) e Griffin Colapinto (Estados Unidos, 2022 e 2024), na senhoras nunca ninguém o havia concretizado desde que, em 2009, a elite mundial da modalidade passou a surfar na Praia de Supertubos.
Pois bem, esse duplo sucesso terminou, no domingo, graças à americana Caroline Marks, que depois de ali ter vencido em 2019, repetiu o êxito em 2025 ao superar na final do Meo Rip Curl Pro Portugal a havaiana Gabriela Bryan.
Campeã mundial em 2023 e olímpica em Paris 2024, Marks, de 23 anos, somou 7,90 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (4,90 e 3,00), enquanto Bryan ficou-se pelos 6,97 (4,17 e 2,80), sagrando-se campeã.
«Estou empolgada! Adoro a Europa, em geral, e adoro Portugal. Esta vitória foi completamente diferente da primeira, porque, na altura, o campeonato foi em outubro, e agora foi no inverno», começou por realçar Caroline.
«Em 2019, o clima foi completamente diferente, com muito mais calor, e agora tivemos muito vento e chuva. Então, o feeling [sentimento] foi muito diferente», acrescentou, revelando ainda que a presença do pai em Supertubos tornou esta vitória especial. «O meu pai está aqui. É muito bom compartilhar este momento com ele».
Apesar de Calorine se ter tornado na dupla vencedora nas ondas de Supertubos, não é a única mulher a já ter ganho por duas vezes em Portugal. Aí surgem: a também americana Courtney Conlogue, em Cascais nas temporadas de 2015 e 2016); a havaiana Carissa Moore, pentacampeã mundial e campeã olímpica em Tóquio 2020, vencedora em Peniche 2010 e Cascais 2013; e a primeira de todas, a americana Lisa Andersen, Sintra 1997 e Figueira da Foz, também 1997.