
Tal como foi prometido, os sócios do Marítimo puderam esta tarde ter acesso a um link no site do clube que os encaminhou para a divulgação dos contornos relativos à venda da SAD. Um processo fácil, onde o número de associado era necessário, para além da validação com um código extra. Face ao que já tinha sido revelado, a grande novidade são os valores envolvidos no caso de os maritimistas conseguirem subir à principal liga portuguesa.
Assim, a compra inicial é de 40 por cento do capital social, por 15 milhões de euros. Se o investidor quiser, numa segunda fase, poderá adquirir mais 11%, tendo de desembolsar 4.125.000 (quatro milhões e cento e vinte cinco mil euros). Depois, é possível ainda comprar outros 9% do capital social, após o apuramento para as competições europeias, tendo de efetuar um pagamento de 3.375.000 (três milhões e trezentos e setenta e cinco mil euros).
O valor total do negócio, depois de cumpridos todos os objetivos (subida à primeira divisão e participação nas provas europeias), poderá chegar aos 22.500.000 (vinte e dois milhões e quinhentos mil euros), por 60 por cento do capital social do clube.
Os sócios do clube continuam sem conhecer o nome do investidor e só irão saber essa novidade no dia da Assembleia Geral Extraordinária, que está agendada para o próximo dia 18 de julho, no pavilhão do CS Marítimo, em Santo António.
Detalhes
O clube insular revelou ainda alguns detalhes sobre o negócio. O dinheiro vai para o clube e não para a SAD, sendo que a gestão e o financiamento do futebol profissional passam a ser da responsabilidade do investidor, estando prevista a integração das equipas de sub-19 e futebol feminino.
E, ao contrário de outros casos, como Boavista ou B SAD, segundo o Marítimo, o negócio "não se baseia na compra de dívida", pois a SAD maritimista está "financeiramente saudável". "Estamos a falar de uma avaliação da SAD do Marítimo que ultrapassa largamente os valores médios praticados em Portugal. Só a primeira tranche (15 milhões de euros por 40%) representa uma valorização inédita no contexto nacional", pode ler-se no documento.
São dados também os exemplos de Famalicão ou Casa Pia. "São exemplos de como o investimento externo, feito com critério e alinhado com os valores e a identidade do clube, pode representar um salto qualitativo - tanto ao nível desportivo como na organização interna", lê-se ainda.