A boa época que está a ser realizada pelo SC Braga assenta, naturalmente, em vários fatores, mas há um dado que, por esta altura, salta à vista: a qualidade no processo defensivo.

Depois de vencerem o FC Porto (1-0) na última jornada da Liga, num clássico realizado no passado sábado, na Pedreira, os arsenalistas chegaram ao 13.º encontro sem sofrer golos na presente edição da Liga. E se já foram realizadas 25 rondas, significa isto que os guerreiros do Minho mantiveram a sua baliza a zero em mais de metade dos encontros que realizaram no campeonato.

Boavista (1-0), Gil Vicente (0-0), Nacional (3-0), Rio Ave (4-0), Farense (2-0), Aves SAD (1-0), Santa Clara (2-0), Estrela da Amadora (1-0), Boavista (3-0), Gil Vicente (2-0), Vitória de Guimarães (0-0), Nacional (1-0) e FC Porto (1-0) foram os duelos em que os bracarenses saíram com a folha limpa. Ou, tal como dizem os ingleses, com direito a clean sheet.

E para subirem ao topo desta estatística, os minhotos beneficiaram, precisamente, do triunfo diante dos dragões. Não só porque marcaram aos portistas, mas porque também não sofreram. Desta forma, o SC Braga igualou o FC Porto neste capítulo - tal como no pódio da Liga -, uma vez que os azuis e brancos, mesmo perante uma temporada que não lhes está a correr, de todo, de feição, também já conseguiram manter a sua baliza inviolada em 13 jogos.

O destaque alcançado pelo SC Braga tem, inclusivamente, a expressão de ser superior ao dos dois primeiros classificados da Liga. O Sporting leva 11 partidas sem consentir qualquer tento aos adversários, o Benfica (que tem um jogo a menos) 12. E no mesmo patamar das águias está o Famalicão, que também tem razões para sorrir neste particular.

Os louros desta prestação defensiva são distribuídos pelo coletivo, mas têm natural incidência nos guarda-redes. E, aqui, os méritos têm de ser divididos por dois nomes: Matheus e Lukas Hornicek. O brasileiro – entretanto transferido para o Ajax – foi o dono da baliza até janeiro e conseguiu concluir sete jogos sem sofrer golos, o chéquio – que agarrou o lugar depois da saída do número 1 – já vai em seis partidas imaculadas. A sucessão fez-se com naturalidade e Carvalhal pode dormir descansado.