A 2 de março, durante o encontro com o Rio Ave (1-2), Roger Fernandes deixou o relvado logo aos 24 minutos e as lágrimas indicavam que estava em sérias dificuldades. No dia seguinte, o SC Braga detalhava o problema físico do jogador: «Lesão muscular na coxa esquerda. Tempo estimado de paragem de seis semanas.»
Estava consumado um duro revés para o extremo e para os arsenalistas, tamanha vinha a ser a preponderância de Roger. Até esse duelo em Vila do Conde, recorde-se, o camisola 11 somava 44 jogos, cinco golos e quatro assistências e era um dos imprescindíveis para Carlos Carvalhal. O técnico teve de arranjar soluções e a verdade é que os guerreiros continuaram na mó de cima, uma vez que depois desse desaire com os rioavistas iniciaram nova série de invencibilidade que, de resto, ainda perdura (cinco vitórias e dois empates).
A recuperação do esquerdino decorreu dentro do previsto e Roger foi convocado para o embate com o Estoril, na 30.ª jornada. Não foi utilizado na Amoreira e regressou aos relvados em Famalicão, onde (re)apareceu com fome de bola e catapultou o ataque bracarense para outra dimensão: teve ação direta no golo do empate, ao tirar o cruzamento que projetou o momento infeliz de Rodrigo Pinheiro, que introduziu a bola na própria baliza.
Roger Fernandes, eleito o melhor em campo por A BOLA, deu mostras de querer recuperar o tempo perdido e de que vai (voltar a) ser uma arma importantíssima para o que falta jogar da temporada do SC Braga.
Mas, ao que tudo indica, não serão só os minhotos a beneficiarem da qualidade superlativa do canhoto. Porque também a Seleção Nacional de sub-21 está à espera do extremo.
Concluído o processo burocrático relativo à sua naturalização, o (agora) luso-guineense passou a estar a postos para representar Portugal e caso não tivesse sido afetado pela referida lesão até já poderia ter sido chamado para os particulares com Roménia e Inglaterra, realizados a 21 e 24 de março, respetivamente. Não aconteceu nessa altura, deverá acontecer na fase final do Campeonato da Europa da categoria, que vai realizar-se de 11 a 28 de junho, na Eslováquia.
A BOLA sabe que a FPF esteve sempre a par da situação de Roger Fernandes e a sua presença no Europeu é praticamente certa. Rui Jorge pode contar com o virtuosismo do jovem, de apenas 19 anos.
Até lá, o esquerdino ainda tem mais três jogos para espalhar brasas com a camisola dos arsenalistas: Santa Clara, Casa Pia e Benfica.