Máximo goleador do FC Porto em 2024/25, Samu encontra-se ao serviço da seleção espanhola que, esta quinta-feira, defronta os Países Baixos, em solo neerlandês. À margem desse compromisso, o avançado dos dragões concedeu uma entrevista ao diário espanhol ABC, a quem recordou, não só o momento atual ao serviço dos dragões, mas também a infância complicada que atravessou.

Samu Aghehowa 2024/2025
34
Jogos
2645
Minutos
20
Golos
3
Assistências
5 1 0 2x

«Estou muito bem. Agradecido ao clube pela oportunidade, espero que as coisas continuem como estão e que possamos conquistar títulos», disse, inicialmente, o antigo jogador de Alavés e Atlético de Madrid.

«Sempre fiz golos, graças a Deus. É algo que tenho dentro de mim e a verdade é que estou muito bem. O jogador que marca golos é o mais valioso, sei disso, mas, se não puder fazer golos, que ao menos ajude a equipa de outra forma, com trabalho», acrescentou.

Sobre a infância vivida em Sevilha, Samu foi também bastante elucidativo: «Todas as pessoas que vêm de África têm de passar pelo mesmo. É sempre uma história de superação. Estou muito orgulhoso da mãe que tenho e devo-lhe tudo. Lutou a vida toda para ter uma vida melhor.»

«Sinceramente, não sei por que é que fomos para Sevilha, mas não havia melhor sítio para ter crescido do que o meu bairro. É um lugar de gente humilde onde passei toda a minha infância e recordo-o sempre com muito carinho», reforçou ainda.

«O Sevilha pagava-me o metro ou o autocarro. Mas claro que houve dias em que nem sequer tinha nada para comer e isso é duro. Acho que nenhuma criança tem de passar por isso. Foi complicado, muito complicado. Pensas em muitas coisas», finalizou o internacional espanhol.

A cumprir a primeira época ao serviço do emblema azul e branco, Samu contabiliza um total de 20 golos e três assistências, num total de 34 jogos.