Rui Ferreira, treinador do Aves SAD, em declarações na sala de imprensa, após o empate (2-2) frente ao Sporting, em jogo da 23.ª jornada da Liga:

«Na primeira parte entrámos com muita ambição, mas o Sporting causou-nos muitas dificuldades. O Sporting estava a dominar o jogo apesar de termos começado bem. O jogo estava difícil, o Sporting chegou ao 2-0 em duas situações que vocês vão ter possibilidade de falar sobre elas. Ao intervalo tentámos recuperar e retocar a equipa para contrariar a largura do Sporting. Invertemos o triângulo do meio-campo e colocámos mais um médio para controlar a largura e permitir que os nossos três homens da frente batessem com os centrais adversários. Fomos ousados. Podíamos ter sofrido o terceiro golo e estaríamos a falar de uma goleada. Quis transmitir ambição à equipa. Prefiro perder por quatro ou cinco golos, mas ir à procura da vitória, do que ficar resignado e perder por poucos. Depois da correção, tomámos conta do jogo e chegámos justamente à igualdade. O Ochoa quase não teve trabalho na segunda parte. Temos de estar orgulhosos dos jogadores e do clube. Queremos tentar sair desta situação o mais rápido possível.»

[Queria aproveitar uma eventual quebra do Sporting na segunda parte]: «Olho mais para o que podemos produzir. Tentamos incutir um ritmo alto do início ao fim. Sabemos que é difícil e havia o risco de quebrarmos. Tivemos alguns dissabores e dois jogadores foram substituídos. Contra equipas desta qualidade, temos de colocar em campo o que temos de bom, mas também a capacidade física para argumentar com essas mesmas equipas. O Sporting foi gerido no último jogo, acho que o Rui fez bem o trabalho dele. Não tenho dúvidas da qualidade que tem. Além de uma excelente pessoa, é um excelente treinador. Fizeram uma gestão cuidadosa e apresentaram-se aqui frescos. Fomos corajosos.»

[Sobre ter apresentado uma equipa em 4x4x2]: «O sistema é irrelevante, sabia da dificuldade que iríamos ter em jogar contra uma equipa com uma linha de três. É muito difícil controlar a largura. Queria dar um sinal de ambição à equipa e não quis contrariar a largura colocando mais um central. Sou adepto da flexibilidade tática. O que mostra a identidade de um treinador não é a estrutura, mas os valores que transmite aos jogadores.»