O regresso de Di María ao Rosario Central está a agitar o futebol argentino e a suscitar os mais diversos comentários. Um deles é de Ruben Tomé, o primeiro treinador da criança franzina que se viria a tornar numa estrela planetária. "Quando comecei a treinar os miúdos de 1988, a mãe dele trouxe-o na bicicleta e deixou-o comigo. Tinha as meias a cair de tão magro que era", recorda o técnico em declarações à Rádio Província.

"Aqui no bairro estamos todos entusiasmados e muito felizes por saber que o 'Fideo' está de volta ao Central. No clube todos os miúdos querem ser o Angelito", revela Ruben Tomé, recuando até aos primeiros tempos de Di María. "Aqui, no pequeno campo de terra batida, enchíamos as três bolas que tínhamos e disputávamos pequenos torneios com os jogadores que iam chegando. Via-se logo que Fideo era diferente, já tinha aquela magia e fazia o toque com o pé esquerdo para colocar a bola ao poste mais distante, queria marcar golos olímpicos. Lembro-me bem desse rapazinho neste pequeno campo", afirma o treinador que começou a lapidar o extremo.

O facto de ser tão atrevido e ter tanta técnica individual custou alguns dissabores ao pequeno Di María. "Ele era terrível para os adversários, o que o tornava um alvo de entradas duras. Parecia uma lebre e toda a gente queria castigá-lo", recorda Ruben Tomé.