
Está aí a final four da Liga das Nações! Portugal defronta a anfitriã Alemanha esta quarta-feira, dia 4 de junho, numa das meias-finais da competição que já venceu em 2019.
Roberto Martínez, selecionador nacional, deslocou-se até à sala de imprensa para fazer a antevisão ao encontro com a Mannschaft.
Roberto Martínez em discurso direto:
Dificuldades contra a Alemanha: «Não é só Portugal, é o nível desta Alemanha. O treinador está a fazer um trabalho muito interessante. Não são os jogadores, é uma ideia coletiva. Pressão alta, jogo interior. Se analisarmos os dados dos últimos jogos as duas equipas são muito semelhantes. A Alemanha marca mais de bola parada, mas, em geral, o aspeto técnico e tático é muito semelhante. Respeitamos muito a Alemanha e jogar fora de casa também é um desafio.»
Não ser consensual aos olhos dos adeptos: «No futebol as opiniões são subjetivas e faz parte do meu trabalho. O importante são os dados. Olho para os 28 jogos que jogamos, a equipa mostrou compromisso, temos o maior número de golos marcados, de pontos e de vitórias nas últimas décadas da Seleção. Estamos onde queremos estar: na fase final da Liga das Nações. O objetivo é ganhar títulos a nível internacional, mas daqui a 12 meses também vamos ter o Mundial. As opiniões fazem parte e são subjetivas.»
Dinâmica vs Cansaço de Vitinha, João Neves, Nuno Mendes e Gonçalo Ramos: «É importante trabalhar com todos os jogadores e ter em atenção aos trajetos individuais dos jogadores antes de chegar à Seleção. Para nós é muito importante que tenham ganho a Liga dos Campeões. É uma energia contagiosa e positiva. Tiveram uma adaptação boa, treinaram bem, mas temos de avaliar as próximas 24 horas. Temos de gerir todos os jogadores, a energia, os conceitos táticos. O aspeto emotivo e emocional é importante, mas a decisão é esperar até amanhã para avaliar bem os aspetos físicos.»
Preferia que não tivessem ganho a Liga dos Campeões?: «A carreira do jogador é para criar memórias e ganhar títulos, e agora temos a oportunidade de ganhar um título internacional. Adoro ver os nossos jogadores a ganharem títulos e o compromisso que trazem. Para ganhar títulos tens de ter experiencia em ganhar. Para Portugal é melhor ter jogadores com muitos títulos e ter experiências deste nível. Gostei muito da reação do balneário quando eles chegaram, mas também o foco deles, quando chegaram.»
Ter Stegen e Wirtz: «Conhecemos a Alemanha muito bem, o Nagelsmann está a mostra conceitos que já tinha mostrado no Leipzig e no Bayern. É uma ideia coletiva, não individual. Nós temos de ser Portugal, esse é o maior desafio. Temos de fazer amanhã o que fizemos no segundo jogo com a Dinamarca.»
Alemanha e Portugal gostam de ter bola: «Os desempenhos que tivemos são muito semelhantes. Chegada ao ultimo terço, recuperação da bola... As duas equipas são equipas que gostam de arriscar e chegar à área do adversário. O que nós conseguirmos fazer na área da Alemanha e o que eles conseguirem fazer na nossa vai ditar o rumo do jogo. Temos de gerir bem a bola e criar situações para aproveitar as valências dos nossos jogadores. Esta Alemanha e nós, Portugal, não vamos mudar a nossa identidade para amanhã.»
Voltar a vencer a Alemanha: «É um jogo em que temos de nos focar no que podemos fazer. Precisamos destes jogos para mudar o patamar a nível internacional. Precisamos do jogo amanhã para poder mostrar o que conseguimos fazer individual e coletivamente. Queremos repetir o que o Sr. Humberto Coelho fez há 25 anos. Se foi feito uma vez, pode ser feito mais uma.»
Adiantar peças do onze: «Precisamos de avaliar as próximas 24 horas. Viagens, o aspeto físico, mental... temos de avaliar bem. Todos os jogadores estão preparados para ajudar. Estou cheio de orgulho no trabalho feito nos últimos dias. Ainda não temos ideia do 11 inicial.»
Como se gere a final four? «O jogo mais importante é amanhã. É o jogo que abre caminho para a Final. Mas é um período curto, temos de gerir bem. Para ganhar a final four temos de ganhar dois jogos. Faz parte da decisão utilizar os jogadores da melhor forma possível.»