Num dia marcado pelo primeiro treino da pré-época do Vizela, Ricardo Sousa, treinador escolhido para suceder a Fábio Pereira, falou pela primeira vez aos meios do emblema minhoto, confessando ter sido fácil aceitar o convite para abraçar o projeto proposto.

"Tinha alguns convites para regressar a Portugal depois da experiência que tive no estrangeiro. Não me passava pela cabeça regressar tão cedo, mas a partir do momento em que recebi a proposta do Vizela, não hesitei um segundo. Sei que a exigência é grande, porque o clube tem que melhorar e subir de divisão, tendo em conta que não está na divisão que os adeptos merecem. Senti que era projeto certo parta subir um degrau. Estou a subir um degrau e é com este símbolo ao peito, com estes adeptos, com a ajuda de todos os sócios e cidade, que vamos conseguir o objetivo que é devolver o Vizela à 1.ª Liga", começou por referir, antes de elencar o seus desejos para a nova época.

"A exigência faz-nos melhorar. Estar num clube destes é um orgulho. Quero uma equipa que consiga mandar no jogo, que em todos os lados seja obrigatoriamente candidata a vencer. Este é um clube exigente e aquilo que fez na época passada assim o demonstra", explicou, abordando o que pretende que seja diferente em relação à época transata: "Não perder tanto tempo. O Vizela acaba por não subir porque o início de época não foi bom e eu vou exigir a todos os meus jogadores que deem tudo desde o primeiro ao último minuto, também porque estou certo da qualidade que o plantel tem, isto independentemente de estarmos a perder jogadores importantes, como Lebedenko, Yannick, Vivaldo e possivelmente Diogo. Com o 12º jogador do nosso lado e com a qualidade que se está a construir, estou convencido que levaremos este barco a bom porto."

Ideia de jogo: "Aquilo que eu idealizo é ganhar. Quero ganhar mais, quero ganhar muito, quero ganhar sempre. Neste clube isso é o mais importante. O processo é natural, toda a gente gosta de ter uma equipa associativa, controladora, dinâmica, possessiva e vou tentar isso tudo. Todas as equipas por onde passei foram elogiadas. Quero meter isto aqui. Quero uma equipa dinâmica, dominadora, pressionante, quero uma equipa que consiga pressionar, mas também exigente em termos defensivos, reativa na perda da bola. Acredito que essas são as equipas que conseguem concretizar os seus objetivos. Ofensivamente quero um equipa controladora, que consiga dominar 95% dos jogos, numa liga muito complica, mas defensivamente consiga dar as mãos e lutar de início ao fim pelo mais importante."

Atitude inegociável: "O mais importante é a atitude, a postura e isso eu não vou facilitar. Quem não tiver atitude, não merece vestir esta camisola e não merece ter estes adeptos e esta cidade nas costas. Não vou permitir que algum jogar não respeite as pessoas que estão por trás de nós."

Primeiras sensações do grupo: "Senti a malta muito motivada. Mostraram-me fome de bola, fome de vitória. Os jogadores que transitaram da época anterior estão defraudados pelo resultado do play-off, mas estão satisfeitos por poderem dar a volta à situação. Quem chegou está com fome, porque sente que chegou a um clube grande. Este Vizela é um clube grande e tem que o demonstrar.