Sete portugueses, entre 2.500 nadadores, vão competir nos Mundiais aquáticos que arrancam esta quinta-feira e vão estar divididos entre natação pura, águas abertas, artística, saltos para a água e polo aquático.

A junção das várias modalidades aquáticas dilui o evento no tempo, arrancando na quinta-feira com o polo aquático, até às últimas finais na natação pura e nos saltos para a água, a 3 de agosto.

Com nadadores de mais de 200 países e 77 pódios ao todo, dividido pelas várias disciplinas aqui combinadas num só evento, a 22.ª edição junta alguns dos grandes nomes do desporto mundial, como Léon Marchand, Summer McIntosh, Katie Ledecky e Kaylee McKeown, entre outros.

A abrir a prova, inicialmente prevista para Kazan, na Rússia, e depois mudada, em 2023, para Singapura, em função da invasão da Ucrânia, estará o polo aquático, cujas finais estão agendadas para 24 e 25 de julho.

A canadiana Summer McIntonsh a nadar nos Jogos Olímpicos de Paris
A canadiana Summer McIntonsh a nadar nos Jogos Olímpicos de Paris Quinn Rooney

Sem Portugal em competição, o torneio terá como principal história a tentativa de ‘vingança’ da Croácia, atual campeã do mundo, perante a Sérvia, que os venceu na final olímpica de Paris2024.

As duas ‘potências’ da modalidade são o principal destaque entre as equipas masculinas, enquanto o torneio feminino terá como principal favorita a Espanha, campeã olímpica, perante uns Estados Unidos que procuram o 10.º cetro mundial.

Nas águas abertas, que decorrerão de 15 a 20 de julho, nota para a ausência de Angélica André, bronze nos últimos Campeonatos do Mundo Doha2024, nos 10 quilómetros.

Entre o trio chamado a competir em Singapura, nota para o olímpico em Tóquio2020, Tiago Campos, bem como a jovem esperança feminina Mafalda Rosa e Diogo Cardoso.

Aqui, entre o contingente internacional, nota para o húngaro Kristóf Rasovszkyy, que defende o título mundial a que junta o ouro em Paris2024, numa edição em que a bicampeã olímpica, e ouro mundial nos 5 e nos 10 quilómetros, Sharon van Rouwendaal, estará ausente.

Na Arena construída de propósito para estes Mundiais, no Sports Hub da cidade-estado, com 4.800 lugares nas bancadas, o destaque português vai, invariavelmente, para a defesa dos títulos mundiais de Diogo Ribeiro.

O jovem ‘prodígio’ da natação portuguesa, histórico detentor de três medalhas em Mundiais, defenderá os títulos nos 50 e nos 100 metros mariposa, agora em ano pós-olímpico, depois de Doha2024, com vários ausentes na distância e especialidade, lhe ter dado dois ouros.

Chegará à Ásia depois das recentes conquistas nos Europeus sub-23, já ‘pequenos’ para a sua dimensão, com ouros nos 50 livres e mariposa e prata nos 100 mariposa.

A acompanhá-lo estará outra ‘estrela’, Camila Rebelo, primeira campeã da Europa portuguesa na natação pura, nos 200 costas, uma de duas distâncias que vai aqui nadar, a par dos 100 metros.

Francisca Martins (200 e 400 livres) e Diana Durães (800 e 1.500 livres) completam o lote português na piscina, em delegação encabeçada pelo diretor técnico nacional, Ricardo Antunes.

De fora do principal evento, a natação pura, que decorre de 27 de julho a 3 de agosto, nota para as competições de saltos, em que a China deverá dominar, depois de conquistar todos os ouros disponíveis nas disciplinas olímpicas em Paris2024.

Na natação artística, de 18 a 25 de julho, novo domínio chinês em perspetiva, como na época plasmada na Taça do Mundo, ainda que Espanha, Estados Unidos e Japão possam ter uma palavra a dizer.