Portugal com seleção de seis no Mundial de Budapeste

Taís Pina será a única judoca lusa nos -70 kg depois de Joana Crisóstomo e Bárbara Timo não terem conseguido cumprir os critérios. Dos onze judocas portugueses, no activo e na categoria atual em que atuam, no top 100 do ranking mundial, apenas meia dúzia conseguiu garantir a presença na Hungria.

Patrícia Sampaio tem sido a maior estrela da Seleção desde os Jogos de Paris 2024 (HUGO DELGADO/LUSA) · Luís Mateus

Com a realização do Open Europeu de La Nucia, em Espanha, do passado fim de semana e no qual apenas Miguel Gago (-66 kg) chegou às medalhas ao ser prata, ficou fechada, com seis judocas, a Seleção para o Mundial de Budapeste, entre 13 a 19 de junho.

Menos três do que, em abril, Portugal apresentou no Europeu de Podgorica, no qual Patrícia Sampaio (-78 kg) se sagrou campeã e Catarina Costa (-48 kg) foi prata.

A estas duas, juntar-se-ão na Equipa Nacional: Taís Pina (-70 kg), Gago, Otari Kvantidze (-73 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg).

Com a obrigação da federação internacional de ter que se integrar o top 100 do ranking para se competir num campeonato do mundo, apesar de Maria Siderot (-52 kg, 42.ª), João Fernando (-81 kg, 45.º), Joana Crisóstomo (-70 kg, 59.º) e Rodrigo Lopes (-66 kg, 63.º) figurarem nessa elite, todos ficam de forma da Seleção.

A maioria por não terem cumprido um outro critério, este da federação portuguesa, de terem sido, pelo menos medalhados, num open continental nos meses anteriores.

É o caso de Joana Crisóstomo, que em Espanha (5.ª) ficou a uma vitória do bronze dos -70 kg.  

Categoria, aliás, onde a Seleção conta com três judocas a lutar pelas duas habituais vagas, mas onde Taís tem permanecido no topo. Pela mesma razão, Crisóstomo já havia ficado de fora do Euro.

Quanto a Bárbara Timo (107.ª), que esteve em Podgorica,  ainda tentou uma derradeira qualificação ao ir ao open espanhol, no entanto, a olímpica do Benfica, que foi vice-campeã mundial em Tóquio-2019 nos -70 kg, não passou dos oitavos de final. Recorde-se que, depois dos Jogos de Paris 2024, Timo deixou os -63 kg, onde também já foi bronze no Mundial de Tashkent-2022, para subir de categoria e, por isso, tem tido que subir no ranking.

Caso tivesse terminado no pódio em Espanha, teria entrado no top 100. Antes do Open era 110.ª, após a última atualização dos rankings, ascendeu ao 107.º lugar,… a 49 pontos da 100.ª, a sul-coreana Yerang Lee.

Vencer um open continental atribui 100 pontos, e nos restantes degraus do pódio 70 e 50 pts.

Em sentido contrário, Miguel Gago (-66 kg) aproveitou a prova na região de Benidorm não só para subir ao pódio, como para passar de 90.º para 81.º do ranking.