Portugal estava de volta a uma grande competição 18 anos depois. Após os magníficos Magriços, que brilharam em Inglaterra, alcançando o 3.º lugar no Mundial de 1966, chegou a vez dos Patrícios. Uma Seleção sui generis, comandada por quatro (!) treinadores — Fernando Cabrita, Toni, António Morais e José Augusto — e dividida entre Norte e Sul. Ou melhor, entre FC Porto, com nove convocados, e Benfica, com oito. Aos quais se juntavam o sportinguista Jordão e os dois guarda-redes suplentes nos eleitos.

«Dos 'testes da saúde' à 'tomada' de Palmela» fazia a manchete de A BOLA há 41 anos, em vésperas da viagem para França. Contra toda a lógica do futebol, Portugal, comandado em campo pelo magnífico Fernando Chalana, brilhou a grande altura, para delírio de milhares de emigrantes, que inspiraram mesmo a alcunha dos Patrícios.

A Seleção Nacional só caiu nas meias-finais (2-3)  e depois de ter estado em vantagem no prolongamento, diante da anfitriã França.