O desenvolvimento de Neemias Queta tem sido uma das histórias mais especiais de acompanhar nesta temporada da NBA. O gigante português está a fazer a melhor época da sua carreira e mostrou melhorias em várias vertentes do seu jogo.

Essa evolução foi notada pelo treinador Joe Mazzula, que deu a Neemias um papel importante na rotação dos Boston Celtics, tendo realizado até algumas partidas a titular. O pivô lusitano agarrou essas chances e provou ser um jogador do nível da liga mais competitiva do mundo.

Contudo, desde o recente retorno de Kristaps Porzingis, que esteve lesionado desde os playoffs da última temporada, Neemias sofreu um retrocesso na sua utilização, ficando atrás do letão, de Al Horford e de Luke Kornet na hierarquia da equipa.

Este retrocesso acontece quando Joe Mazzula tem todos os seus pivôs à sua disposição. Nesses jogos, o português raramente tem oportunidades de entrar em quadra, principalmente quando são encontros equilibrados.

Essa falta de utilização mostra que Neemias, nos playoffs, em princípio, não vai ter a confiança de Joe Mazzula, se ele tiver outras opções para a posição.

De relembrar que o mercado de trocas de NBA fecha no dia 6 de fevereiro. Com isso, a verdadeira pergunta que se coloca é: Deverá o atleta luso pedir uma troca para ter mais minutos e entrar definitivamente numa rotação de uma equipa, ou esperar por mais oportunidades nos Celtics?

Eu acredito que Neemias deve permanecer nos Boston Celtics. No entanto, se na próxima época continuar a não ter uma utilização constante e com poucos minutos em quadra, ele deve procurar uma equipa que lhe ofereça isso, porque qualidade não falta ao pivô português.

Ainda assim, defendo a ideia de que no próximo ano, Queta vai dar o salto a nível exibicional e de importância na equipa celta, aumentando ainda mais o orgulho de todos os portugueses que são fãs da modalidade, que nunca pensaram ver um compatriota a representar o país na NBA.