
A Comissão de Grandes Prémios da FIM anunciou um conjunto de alterações regulamentares com aplicação imediata em todas as classes do Mundial de Velocidade, na sequência de reuniões realizadas durante os meses de março e abril de 2025.
Entre as medidas mais relevantes, destaca-se uma nova penalização uniforme para os pilotos que abandonem a grelha de partida, independentemente do motivo. A partir de agora, qualquer piloto que deixe a grelha – seja por razões técnicas ou para mudar pneus – deverá iniciar a volta de aquecimento a partir da via das boxes, retomar a sua posição original na grelha e cumprir uma penalização dupla de volta longa. Esta regra aplica-se igualmente a quem não se dirija à grelha. Caso percam a volta de aquecimento, os pilotos devem iniciar a corrida diretamente das boxes, conforme já previsto anteriormente.
No caso da classe MotoGP, onde é permitida a utilização de duas motas, é autorizado trocar de moto nestas circunstâncias. A penalização de tempo por arrancar das boxes mantém-se inalterada, bem como o limite máximo de dez pilotos a poderem iniciar a corrida a partir da via das boxes – limite esse que não se aplica à volta de aquecimento.
Segundo o comunicado oficial, a uniformização da penalização prende-se com a impossibilidade de diferenciar entre problemas técnicos legítimos e alterações estratégicas. O objetivo passa por simplificar os regulamentos e garantir mais transparência para equipas e adeptos, recompensando aqueles que acertam na escolha de pneus desde o início.
Outra medida de destaque prende-se com a possibilidade de testes para pilotos lesionados da classe MotoGP. Os pilotos que tenham estado afastados de competição durante pelo menos 45 dias consecutivos ou três eventos seguidos poderão realizar um teste com uma mota de MotoGP, de forma a preparar fisicamente o seu regresso. Este teste, opcional e restrito à classe principal, deve ocorrer num circuito autorizado pela marca ou num circuito onde não haja GP previsto nas oito semanas seguintes. O uso de pneus será limitado a três conjuntos, contabilizados na alocação de testes do construtor.
Além disso, foi confirmado que os construtores de MotoGP não poderão testar motos com especificação de 2027 até ao dia 17 de novembro de 2025, por acordo mútuo entre fabricantes.
Nas classes Moto2 e Moto3, também há novidades. A partir de agora, cada piloto poderá beneficiar de um máximo de três inscrições como wildcard por temporada, sendo igualmente limitado a três o número de wildcards por equipa. A medida visa incentivar os pilotos interessados em competir de forma mais regular a procurarem vagas permanentes nos campeonatos.