É a hora de todas as decisões na Liga 3!
Depois de uma primeira fase disputada em duas séries, os quatro primeiros classificados da Série A e os quatro primeiros classificados da Série B 'juntam-se' agora num campeonato de 14 jornadas para discutirem o acesso à 2ª Liga.
Numa prática que já vem sendo comum, o zerozero entrevistou os treinadores/capitães dos clubes em questão, numa conversa na qual foi feito não só o rescaldo da fase regular da prova, mas também a antevisão da fase de subida.

Falhada a passagem para o Apuramento de Campeão em 2023/24, o Sporting B regressa às grandes decisões da Liga 3 esta temporada.

Em jeito de balanço da fase regular e em antevisão aos jogos decisivos, Manuel Mendonça, capitão dos leões, enalteceu as várias nuances de uma primeira metade de época bem sucedida, assim como a importância de João Pereira no desenvolvimento dos jovens que compõe o plantel.

Zerozero - O Sporting B falhou o acesso ao Apuramento de Campeão da última época por muito pouco, devido ao confronto direto com o SC Covilhã, garantindo a passagem de forma idêntica este ano. Tendo em conta tudo isto, o que correu melhor esta época em relação à transata?

Manuel Mendonça - A Liga 3 é muito competitiva. A meu ver este ano tivemos jogos com momentos mais difíceis. Por exemplo, estar a perder 1-0 e conseguir ir à busca do empate. Esses pontos, somando os vários empates, dão muitos pontos no final e acho que foi um pouco por aí. Também conseguimos ter muitos confrontos diretos [ganhos], com as equipas adversárias. Conseguimos ganhar à Académica em casa, depois lá ... Foi muito por isso. Nos momentos decisivos, conseguimos ganhar pontos sobre o adversário.

Acima de tudo, desde o primeiro dia, definimos muito bem o objetivo que era, sem dúvida, passar a esta fase, sabendo que o principal fator do Sporting B é formar jogadores para a equipa principal.

ZZ - Agora, na fase de de acesso à II Liga, o objetivo passa por subir?

MM - O objetivo inicial era chegar a esta fase porque, passando-a, já não vamos disputar a fase de despromoção. Agora, o que se segue é o jogo a jogo, ver também do que somos capazes, com jogos mais importantes, com muito mais adeptos. Isso vai fazer-nos evoluir, sabendo que o principal objetivo é formar jogadores.

ZZ - A formação de Sporting habituou-nos a lançar grandes talentos, mesmo com a equipa B na Liga 3. Ainda assim e tendo em conta o passado na II Liga, a possibilidade de poder voltar às divisões profissionais é tema de conversa no balneário?

MM - Somos a equipa mais jovem destas equipas, temos jogadores de 2007, temos jogadores de 2008 que vão treinar à equipa B. É uma equipa muito, muito jovem. Sem dúvida que a Liga 3, sendo tão competitiva, pode ter jogadores até mais velhos do que a II Liga. O nosso principal objetivo é evoluir na liga em que estamos, ganhar o máximo jogos, jogar todos os jogos para vencer, mostrar o nosso valor. Sem dúvida que, desde o primeiro treino da época até o último, vai ser essa a mentalidade. São jogos bons para mostrar o que valemos e para estar sempre à espreita de uma oportunidade na equipa.

ZZ - Com uma mentalidade tão bem definida e numa liga em que são a equipa mais jovem, como é ser capitão com apenas 19 anos?

MM - Já o ano passado era dos mais novos e os mais velhos sempre mostraram que no Sporting não há idade. O Sporting tem um número de jogadores na equipa e os que estiveram melhor jogam. Vão ser esses os utilizados. Este ano, temos jogadores muito jovens, mas que estão preparados para jogar a titular e que vão cumprir durante os jogos.

ZZ - Durante a fase regular, houve uma troca de treinadores. O João Pereira foi para a equipa A, mas acabou por regressar... Em que aspetos ter um antigo jogador como o João Pereira, que deu tanto ao Sporting, vos ajuda nesta etapa embrionária da carreira?

MM - É mesmo muito importante. É uma pessoa com muitos anos de Sporting, que está dentro da estrutura do Sporting. Sabe o que é ser Sporting. tem os valores, sabe quais são os valores do Sporting e essa questão de ter sido jogador é muito importante. Sentimos isso nos treinos. Por ter sido jogador, consegue perceber o nosso lado. Consegue ajudar-nos, consegue ouvir-nos se for preciso. É o primeiro a dizer para falarmos com ele, perceber o que se passa, o que sentimos. Já passou por isto e, sem dúvida, que essa maneira de ser e essa experiência, ajuda-nos muito no contexto de equipa.