António Maio completou mais uma etapa do Dakar, desta feita a terceira, que decorreu entre Bisha e Al Henakiyah, mas foi mais uma complexa jornada ao longo dos 327 quilómetros cronometrados num percurso recheado de pedras. Uma vez mais, o piloto inscrito pelo Franco Sport Yamaha Racing Team, viu-se confrontado com a enorme dureza que caracteriza o mítico rali.

E, para sobreviver às agruras do dia, teve de comer o pó que o diabo amassou e usar um casaco emprestado. «Esta etapa foi complicada. Após uma ligação de 150 km fizemos 320 de especial metade dela em pedra e foi muito difícil. Era uma etapa muito perigosa. Apanhei muito pó e perdi algum tempo no início do dia devido a um erro de navegação. Tive ainda um pequeno percalço porque reparei que não tinha o tampão do depósito de gasolina e pensei que tinha perdido a gasolina toda. No entanto, era o cabo da conexão dos depósitos que estava desligado. Consegui resolver a situação e terminei mais uma especial. No final fizemos mais 350 km de ligação com um frio tremendo. Safou-me um casaco emprestado por um árabe que me permitiu acalmar um bocado o frio», contou o capitão da GNR, que, aos comandos de uma Yamaha WR450 Rally, efetuou o percurso em 4h09m36s e ocupa agora o 28.º lugar da classificação geral, sendo o 17.º da Classificação Rally GP.

Amanhã disputa-se entre Al Henakiyah e Alula, na Arábia Saudita, a quarta etapa do Rali Dakar 2025. Serão cumpridos 588 km dos quais 415 serão cronometrados. A quarta especial marca o início da jornada maratona onde ao final do dia os pilotos terão apenas uma hora e meia para trabalhar nas suas máquinas. Será mais um complexo desafio que os concorrentes terão de enfrentar.