
Romelu Lukaku, de 31 anos, recordou o período em que foi jogador do Chelsea, numa entrevista ao diário italiano Corriere dello Sport.
O belga reencontrou o gosto pelo futebol no Nápoles, com quem assinou contrato até 2027, mas as feridas do passado conturbado nos blues deixaram marcas.
O Chelsea contratou-o em 2011, proveniente do Anderlecht, emprestando-o depois ao West Bromwich e, posteriormente, ao Everton, a quem vendeu o avançado em 2014. Sete anos depois, o Chelsea recuperou Lukaku, pagando 113 milhões de euros ao Inter, mas no verão de 2022 foi emprestado à formação nerazzurra, e posteriormente à Roma.
O pesadelo do belga só terminou no verão passado, quando os londrinos o venderam em definitivo para o Nápoles. Ficou, no entanto, com um trauma profundo. «Não fui só eu que me senti mal no Chelsea. O Aubameyang e o Ziyech também não faziam parte dos planos. Como consequência, disseram-nos para nos equiparmos nos balneários da formação».
«É assim que o negócio funciona. A direção do clube diz que já não conta contigo e, muitas vezes, até dita para onde vais. Mas se quiser sair e tiver motivos válidos para o fazer, não tem hipótese. É constantemente pressionado, até à exaustão», relatou Lukaku sobre a política do Chelsea com os jogadores que pretende dispensar.
O internacional belga afirmou ainda que «os clubes têm ligações na imprensa e é fácil colocar um jogador numa situação difícil ou construir-lhe uma imagem falsa». «Vivi coisas que nunca pensei que fosse viver», resumiu.
«Um dia quero explicar tudo isto aos jovens jogadores. Quero que percebam quem trabalha verdadeiramente para eles e quem trabalha contra eles», concluiu.
Lukaku soma 10 golos e 9 assistências em 28 jogos pelo Nápoles, entre Serie A e Taça de Itália.