Jorge Martín confirmou, num comunicado nas redes sociais, que vai abandonar a Aprilia no final da temporada de 2025. «Em momento algum infringi o contrato», começou por dizer: «Quando o assinámos, concordei com a Aprilia que, se determinadas circunstâncias não fossem cumpridas, me reservava o direito de decidir o meu futuro para 2026. Esta era uma condição essencial para que eu aceitasse a proposta de contrato que me propuseram na altura.»

Depois, vem a revelação: «Confrontado com a situação de ter de tomar uma decisão numa data que me está contratualmente fixada, decidi exercer o meu direito de me libertar para a época de 2026. Sempre o fiz de forma respeitosa, clara e com a única intenção de assumir o controlo do meu futuro como atleta profissional.»

Campeão em título do MotoGP, Martín aciona a seguinte cláusula: se não estivesse nas primeiras posições do campeonato após o GP de França, o sexto do campeonato, podia sair da Aprilia. Acontece que, devido a várias lesões, Martín ainda não terminou qualquer corrida este ano e, por isso, não tem pontos no campeonato.

O espanhol lesionou-se nos testes de pré-época na Malásia e depois a dias antes da corrida inaugural na Tailândia, falhando assim as primeiras três corridas do ano. No Qatar regressava à competição, mas sofreu um acidente, do qual ainda está a recuperar, que envolveu Fabio Di Giannantonio e partiu 11 costelas.

O comunicado de Jorge Martín na íntegra:

«Olá a todos, gostaria de partilhar com todos os fãs, meios de comunicação e pessoas que seguem a minha carreira uma explicação clara sobre a minha situação com a Aprilia.

Em momento algum infringi o contrato. Quando o assinámos, concordei com a Aprilia que, se determinadas circunstâncias não fossem cumpridas, me reservava o direito de decidir o meu futuro para 2026. Esta era uma condição essencial para que eu aceitasse a proposta de contrato que me propuseram na altura.

Quando tomei a decisão de mudar de marca no ano passado, uma das minhas premissas era ter a possibilidade de testar a moto em circunstâncias reais e compreender a equipa e a sua metodologia de trabalho. Desta forma, poderia sentir-me à vontade para assinar por dois anos em vez de um e, por isso, incluímos essa condição.

Confrontado com a situação de ter de tomar uma decisão numa data estabelecida por contrato, decidi exercer o meu direito de me libertar para a época de 2026. Sempre o fiz de forma respeitosa, clara e com a única intenção de assumir o controlo do meu futuro como atleta profissional.

Infelizmente, as circunstâncias que ocorreram na sequência dos acidentes, embora seja verdade que não afetam o que acordámos, condicionaram esta fase. É por isso que sempre estive aberto ao diálogo com a Aprilia para alargar este período a um determinado número de Grandes Prémios após o meu regresso à competição. O objetivo é que ambas as partes possam dar uma segunda oportunidade uma à outra e sentirem-se confortáveis antes de tomarem uma decisão para 2026.

Sempre fui honesto com a Aprilia, sempre valorizei a moto, a equipa e o esforço de todas as pessoas que fazem parte do projeto.

Tudo o que peço é que respeitem a minha vontade e o espírito do que acordámos na altura com a Aprilia. Obrigado a todos pela vossa compreensão e respeito, Jorge Martín.»