Jen Mendelewitsch, agente, contestou a decisão de João Félix em rumar ao Al Nassr. Críticas foram também dirigidas aos representantes do jogador.

Jen Mendelewitsch, empresária FIFA, foi vocal relativamente à transferência de João Félix para o Al Nassr. A agente criticou as escolhas feitas pelo jogador e os seus representantes, dividindo culpas na situação na qual se colocou a carreira do português.

«João Félix não joga futebol há muito tempo. É uma impressora, uma máquina de imprimir dinheiro e com o próprio aval, já que ele não se rebela. Já há muito tempo que deveria mandar na sua carreira e não permitir que as pessoas decidam por ele e mandem-no para projetos que não lhe agradam. Quando conheces o potencial que ele tem é triste, mas é um exemplo do que não se deve fazer quando se é um jovem jogador com potencial. Vai para o Atlético Madrid por 126 milhões de euros num clube onde não encaixava no modelo de jogo. E depois o Chelsea gasta 50 milhões», vincou a agente em declarações à RMC Sport.

«Podemos fazer todas as perguntas possíveis. A culpa é de todos na verdade. Ou seja, o jogador decidiu deixar-se levar em projetos que não lhe agradam. Estou a tentar defendê-lo um pouco, mas Atlético Madrid, Chelsea, AC Milan, tentou relançar-se no Barcelona. Teve um bom período com Xavi. O que quero dizer é que são clubes atraentes para ele recuperar. Há quem fale em mercenários do futebol, outros falam em vítimas do negócio. Em qualquer dos casos, é o exemplo perfeito das armadilhas nas quais muitos jovens com qualidade podem cair. Havia rumores de que iria voltar ao Benfica. Teria feito um pouco mais de sentido, mas acho que ele não queria fazer esse sacrifício financeiro. Então, João Félix é responsável pelo caminho que está a tomar», concluiu Jen Mendelewitsch.

João Félix está fechado no Al Nassr por 30 milhões de euros, valor que pode subir até aos 50 milhões de euros. Ao português está reservado um contrato de dois anos com um salário anual de 30 milhões de euros.

Recorde-se que as negociações entre o Benfica e o Chelsea vinham a arrastar-se há vários dias, mas o negócio era visto como concretizável e próximo de acontecer. Numa reviravolta inesperada, o português vai rumar à Arábia Saudita.