
Não começou nada bem a era de Hugo Oliveira no Famalicão - foram três empates e três derrotas nos primeiros seis jogos -, mas nos últimos três encontros conseguiu duas vitórias - frente ao Boavista e Gil Vicente, ambas por 2-0 - e empatou com o Vitória de Guimarães (0-0).
No entanto, esses dois triunfos aconteceram fora de portas, pelo que o técnico de 45 anos ainda não sabe o que é vencer em casa, o que espera saborear diante do Moreirense, este domingo.
«Jogamos em casa e queremos dar a vitória aos nossos adeptos. Uma vitória que já desejamos há muito tempo, contra uma equipa muito bem estruturada e trabalhada, que sabe como quer jogar», começou por dizer, em conferência de imprensa, sendo abordado por não ter sofrido qualquer golo nos últimos quatro jogos.
«Não deixa de ser um dado estatístico positivo. Defender bem é uma arte e nós temos estado a defender bem. Isso também é demonstração da positiva coletiva que nós temos, não defendemos só com os jogadores de trás, mas também com os da frente. Mais do que bater recordes, mais do que não sofrer golos, nós queremos é ganhar. Trocava esse dado por uma vitória e trocava no próximo jogo por uma vitória do que o facto de não sofrer golos e não ganhar. Não me importo de sofrer três e de marcar quatro», atirou, comentando também a falta de golos marcados.
«Tem a ver um pouco com uma questão de confiança, de resultados negativos, que traz alguma dúvida. Depois encontrámos alguns adversários que chegam ao nosso estádio, que fecham os espaços e preocupam-se apenas em defender. Mesmo os grandes têm tido muita dificuldade quando encontram equipas com esse cariz. Estamos a recuperar e os resultados ajudam, queremos que o nosso estádio seja o nosso castelo», explicou, acreditando num futuro risonho para a sua equipa.
«Eu acho que nós ainda estamos muito longe daquilo onde podemos chegar. É um processo que vai ter de evoluir e temos de dar a mesma continuidade, com a mesma serenidade que tivemos quando os resultados não eram tão positivos. A maior força desta equipa até agora tem sido o sentimento coletivo, se virmos, os melhores defesas do Famalicão são os jogadores da frente. O equilíbrio é um todo, este é um clube que é conhecido por desenvolver jogadores, vender jogadores, mas tem de ser cada vez mais um clube que é um todo. Esta é uma característica que eu tenho e que me foi pedida, para podermos dar esses passos no futuro, muito pela força coletiva», garantiu, desvalorizando o interesse do Inter em Gustavo Sá.
«O problema para nós era se nenhum clube estivesse interessado em jogadores nossos. O facto de existirem é o sublinhado da qualidade que aqui existe. Eu acredito que a qualidade coletiva vai dar ao talento individual e os jogadores vão crescer ainda mais. O Gustavo como outros têm vindo a crescer e existem muitos jogadores com potencial. Foco no trabalho e no final da época acreditamos que coisas possam acontecer a alguns dos nossos jogadores», disse, mostrando-se feliz pelo regresso de Ivan Zlobin aos trabalhos.
«Para nós foi um dos momentos mais felizes da época, ter o Ivan connosco. Porque ele tem uma energia, uma positividade, uma alegria para a vida que era contagiante e nós sentíamos falta disso. O facto de o termos com hoje dá-nos alegria porque é sinal que ele está bem e que vai voltar à sua atividade, mas ao mesmo tempo dá-nos alegria. Ainda não temos prazo para a recuperação total, mas eu acredito que rapidamente vamos tê-lo connosco. Mas já é bom tê-lo no nosso dia a dia», finalizou.