Ana Borges tem razão quando no lançamento disse que Portugal, atualmente, joga «olhos nos olhos com qualquer seleção». Que o diga Inglaterra, campeã europeia e vice-campeã mundial, que teve de se conformar com o empate, depois de ter estado em vantagem. Francisco Neto teve olho, mudou o esquema e com a magia de Kika Nazareth, Portugal alcançou um empate, inteiramente justo.

A seleção de Inglaterra entrou com pressa em impor o seu estatuto e resolver cedo. Depois de duas tentativas de Lauren James (10’) e Ella Toone (11’) marcaram por Alessia Russo (15’), que escapou à marcação da defesa portuguesa, para finalizar sem oposição um cruzamento de Lucia Bronze. Uma vantagem que surgiu dois minutos depois de Dolores Silva, no interior da área, ter tido oportunidade de alvejar a baliza inglesa, intenção cortada de forma eficaz por Grace Clinton.

As inglesas mantinham o domínio, mas não foram tão perigosas como no início e Portugal acabou o jogo na área adversária, com Diana Silva (42’) a efetuar o primeiro remate intencional, que passou perto da baliza.

A reação de Portugal teve continuidade, principalmente depois das mudanças efetuadas por Francisco Neto aos 59 minutos, quando deixou de lado o 3x5x2 e lançou Lúcia Alves, Andreia Jacinto e Kika Nazareth, para desenhar a equipa em 4x4x2, em losango.

Das bancadas surgiram incentivos e as jogadoras retribuíram com empenho e bom futebol e encostaram as inglesas, obrigando até a guarda-redes Mary Earps a queimar tempo. O melhor esteve reservado para Kika Nazareth (75’) quando empatou com um remate ao ângulo superior esquerdo, assistida pelo calcanhar de Ana Capeta.

Sem correr grandes sobressaltos, Portugal aguentou o aperto final das campeãs europeias e segurou um empate justo e empolgante nesta primeira ronda da Liga das Nações. Na próxima quarta-feira, dia 26, as Navegadoras voltam a entrar em campo para defrontar a Bélgica em Leuven, na 2.ª jornada do Grupo A3 desta competição.