
Na baliza: Patrícia Morais ou Inês Pereira?
“Não faz sentido dizer aqui, só amanhã é que as jogadoras vão saber quem vai jogar, tanto na baliza como no campo. Somos das únicas seleções do mundo que fazem o que nós fazemos, a trocar de guarda-redes, porque confiamos muito tanto nas características da Patrícia como da Inês, dão-nos coisas diferentes e estamos muito contentes com elas. Amanhã será em função da melhor estratégia para o jogo, somando com os desempenhos e o que elas têm feito connosco. Pouca gente fala, mas salientar também o trabalho da Sierra, não tem tantos minutos mas nunca vira a cara ao trabalho e está sempre a morder os calcanhares as colegas com mais experiência. Estamos muito contentes com as três guarda-redes”
Centésima internacionalização de Patrícia ou 50.ª de Inês?
“Nenhuma delas irá para a baliza como prémio. De uma forma ou outra vão atingir as marcas, assim merecem. Nunca será por prémio, será pelo mérito”
Falta de golos
“Relembro que já tivemos fases de fazer muitos golos, de criar muitas oportunidades, tivemos fases em que foi o contrário. Muita gente fala dos golos, mas temos de respeitar ao máximo quem está do outro lado. A nossa primeira preocupação são os três pontos, procurar ganhar o jogo e depois em função do que o jogo nos for dizendo, mas não vale a pena estarmos a pensar fazer muitos golos se não fizermos o primeiro. É uma equipa acima de nós no ranking, que os últimos jogos têm sido muito equilibrados, por isso o máximo de respeito. É uma equipa que tem as suas ambições, que não quer sair daqui em último, fala-se dos golos e parece que já ganhámos o jogo. Não é nada disso. Vamos ter de trabalhar muito e sofrer muito para ganhar. E depois sim depois aumentar o número de golos”
Fragilidades da Bélgica e Telma a titular?
“Fragilidades não posso informar senão a treinadora da Bélgica vai estar atenta e perceber quais são os espaços e por onde nós queremos explorar. É um jogo a 90 minutos e é tão importante quem começa como quem termina. A Telma entrou, ajudou. Falámos do crescimento da Telma no nosso contexto, ela tem perfeita noção onde nos pode ajudar, mas confio em todas as jogadoras. Contamos com todas, fisicamente as 23 estão aptas”
Kika Nazarath e Lúcia Alves
“Tanto a Francisca como a Lúcia vêm de lesões prolongadas, notou-se nitidamente no caso da Francisca essa situação, começou bem e depois teve mais dificuldades. Temos de respeitar o contexto de uma jogadora parada há quatro meses. A Lúcia tem treinado muito bem, muito empenhada em querer fazer as coisas bem. Felizmente temos um leque de jogadoras que nos permitem fazer coisas diferentes, termos uma Bia por fora, do lado direito, uma Catarina Amado, uma Joana Marchão na esquerda, a Lúcia por jogar dos dois lados. Queríamos contar com a Ana Borges. Amanhã o que conta é o coletivo e o jogo terá a sua história e em função do que o jogo for pedindo as jogadoras podem dar coisas diferentes”
Organização do Euro
“Temos tido a felicidade de poder comparar, porque é a nossa terceira fase final consecutiva. Há uma coisa inegável, os adeptos e a forma como os adeptos têm estado nos estádios. Tem sido incrível. Não temos tido queixa nenhuma. Parece-me, do que vi aqui, que o relvado está excelente. Para nós enquanto profissionais é o que pretendemos. As condições são ótimas, não podemos pedir mais do que isto. Há nove anos, na Holanda, quase tivemos de arrastar a comunicação social para estar connosco, hoje temos gente maravilhosa a acompanhar-nos nestes dias todos”
Ainda por ser o melhor Europeu de sempre para Portugal
“Só será a melhor se conseguirmos os nossos objetivos, que é passar. Podemos chegar aos quatro pontos e ficar pelo caminho, há equipas com três que passaram, como em 2017. Portugal já foi campeão da Europa, no masculino, com três pontos na fase de grupos. O futebol tem estas coisas. Se tivermos os quatro pontos mas sem os golos suficientes, é sinal que não fomos competentes o suficiente, vamos ficar orgulhosos mas não felizes. Mas não estamos a pensar nisso, mas em ser competitivos, ganhar pontos, temos de ser competentes para vencer o jogo primeiro, mais do que pensar no número de golos. Tem de ser golo a golo, mas do outro lado está um adversário poderoso”