
«A edição desta temporada da Champions League vai ser a mais forte de sempre. Se o conjunto de equipas já era forte, para esta 10.ª edição juntaram-se clubes como o Alba Berlin, o Juventut Badalona e o Gran Canária, habituados a jogar a EuroLeague e a EuroCup. Chegados aqui, sabíamos que não iria haver grupos fáceis, mesmo estando no Pote 2, os adversários que nos calharam em sorte não são fáceis, como não seriam nenhuns», declarou o team manager do Benfica João Nuno Crespo, após o sorteio realizado no Museu Olímpico de Lausanne, na Suíça.
Cerimónia que ditou que os tetracampeões portugueses ficarão integrados no Grupo H, já completo, juntamente com o Grand Canária (Espanha), Le Mans Basket (França) e o Spartak Subotica (Sérvia). A prova arranca a 7 de outubro e ainda vai ser divulgada a ordem dos encontros da formação às ordens de Norberto Alves.
Se nas três épocas anteriores tiveram sempre de disputar a fase de qualificação da Liga dos Campeões, nesta edição as águias ficaram, finalmente, dispensadas e seguiram diretamente para a fase regular 2025/26, que conta com 32 clubes, 29 qualificados diretamente, divididos por oitos grupos de quatro.
«O Gran Canaria é uma equipa que dispensa apresentações. Joga no melhor campeonato da Europa [ACB], onde foi 7.º na época regular. É um conjunto habituado a disputar a EuroLeague e EuroCup, competição que venceu em 2022/23. É um clube fortíssimo, que vem engrandecer a competição», salientou João Nuno Crespo na análise que também fez sobre os adversários à comunicação do Benfica.
«O Le Mans é uma formação que vai para a quarta participação na Liga dos Campeões. Vem de um campeonato também muito forte, onde foi 6.º. Na temporada passada, não participou na BCL, mas tem um historial rico na Europa, com passagens pela EuroLeague e pela EuroCup. Quanto ao Spartak, apesar de ser a primeira participação, trata-se de uma equipa que vem de ser finalista vencida do campeonato sérvio. Eliminou o Estrela Vermelha na meia-final, e só perdeu com o Partizan de Belgrado. Foi ainda 7.º classificado na Liga ABA, uma liga báltica fortíssima, e tem sempre bons jogadores oriundos dos países bálticos, que, além de nível elevado tecnicamente, são fisicamente muito fortes», completou o dirigente dos lisboetas.
Visto Portugal ter subido ao 11.º lugar no ranking da FIBA, que permitiu a qualificação directa das águias para a fase de grupos, o país teve também direito a que outra equipa dispute a pré-qualificação. Assim, o FC Porto, finalista vencido na final da Liga Betclic, e que na época passada disputou a Taça Europa, vai defrontar os húngaros do Falco Szombathely nos quartos de final do Torneio de Apuramento 3.
Caso ganhe, joga a meia-final frente ao vencedor do encontro entre Fribourg Olympic (Sui) e Elan Chalon (Fra), a que se seguirá uma final contra a melhor equipa do outro lado do quadro, onde se encontram: Murcis (Esp), Start Lublin (Pol), Kauhajoki Karhu (Fin) e Utena Juventus (Lit).
Se os homens de Fernando Sá conseguirem atingir a fase de grupos - caso falhem descem à Taça Europa -, serão colocados na Poule B, onde já se encontram Alba Berlin (Ale), Basketball Nymburk (Cze) e Sabah (Aze).
Recorde-se que nas três temporadas anteriores, para chegar à fase de grupos, o Benfica, único clube português a ter conseguido disputar a nova Champions, eliminou nas qualificações: o Darsussfaka (Tur) em 2022/23; o Tbilisi (Geo), Larnaca (Cyp) e Norrkoping Dolphins (Sue) em 2023/24; e o Rilski Sportist (Bul) e Fribourg Olympic (Sui) em 2024/25.
Em Lausanne, foram ainda distinguidos o AEK BC (Gre), Tenerife (Esp) e Filou Oostende (Bel) como os únicos clubes a terem conseguido estar nas dez edições da nova era da competição.