
Sem grandes surpresas, o Benfica passeou em Orlando e goleou o Auckland City sem grandes problemas (6-0). Apenas fica uma questão: será suficiente?
Com a possibilidade do apuramento ficar decidido na diferença de golos, as águias foram ineficazes nos primeiros 45 minutos do jogo (apenas um golo), no entanto, acabaram a partida muito por cima e completamente insaciáveis. Resta o Bayern München.
Bruno Lage pode ficar satisfeito com a exibição/resultado, mas ficou com duas dores de cabeça: o amarelo de Carreras (fica castigado e não joga o último jogo da fase de grupos) e um momento de tensão algo caricato com Orkun Kökçü no momento da substituição do turco.
Pouca magia, pouco proveito
Na teoria, se a partida fosse contra uma equipa de dimensão Mundial (ou com qualidade razoável/profissional), poderíamos afirmar, sem grandes hesitações, que foi uma primeira parte de nível positivo por parte do Benfica.
As estatísticas assim ratificam: 18 remates, uma bola ao poste, um golo, zero remates à baliza do adversário... O problema é que o adversário era o Auckland City. Uma equipa amadora, sem grandes armas e remetido à organização defensiva, com o único objetivo de não sofrer muitos golos.
Posto este cenário, os primeiros 45 minutos das águias foram apenas satisfatórios. Apesar da baixa intensidade e algum relaxamento a defender a transição defensiva, os comandados de Lage dominaram por completo e o desnível apenas acabou sublinhado a poucos segundo do final do primeiro tempo.
Após uma bola ao poste de Vangelis Pavlidis, dois remates muito perigosos de Aktürkoğlu, um golo invalidado a Aursnes, vários cruzamentos venenosos de Di María e uma exibição a roçar a perfeição por parte de Garrow - guardião do Auckland -, uma falta de Haris Zeb dentro de área deitou tudo a perder para o conjunto da Nova Zelândia.
Prestianni sofreu uma rasteira e Di María, pela segunda jornada consecutiva, faturou de grande penalidade.
1-0 justo, mas pouco convincente.
Depois da tempestade...
.. Os golos! A segunda parte acabou adiada - resultado do mau tempo em Orlando - e foi o Benfica quem colheu mais frutos desta paragem longa de quase duas horas. Uma entrada melhor e, acima de tudo, mais eficaz.
O conjunto neozelandês expôs-se muito mais no jogo - o «sonho» do empate também exigiu isso - e o Benfica não perdoou. De forma diacrónica, a chuva de golos começou a partir do minuto 53, com um belo golo de Vangelis Pavlidis.
Depois disso, Renato Sanches faturou aos 63' depois de um remate feliz, Leandro Barreiro fez um bis em dois minutos (!) com dois golos «fáceis» e, já perto do fim, Di María fechou as contas com o 6-0, novamente de grande penalidade.