Pedro Acosta viveu uma corrida em Le Mans marcada por condições climatéricas instáveis e decisões estratégicas críticas. O jovem espanhol demonstrou maturidade na leitura das condições e momentos decisivos para garantir um resultado importante.

A estratégia de corrida foi complexa devido às alterações climatéricas. Quando questionado sobre o planeamento prévio com a equipa, Acosta explicou as dificuldades enfrentadas logo no início: ‘O problema é que, estando eu no meio do grupo, já na curva oito, [Franco] Morbidelli quase teve um highside. E depois novamente na curva nove, e o tempo todo eram avisos’.

Face a estas condições perigosas, o piloto espanhol chegou a considerar uma estratégia radical: ‘Disse, ok. Vamos para as boxes, e começamos da via das boxes, como em Sachsenring 2014. Por isso, entrei muito rápido na via das boxes para estar à frente’, revelou Acosta, descrevendo o seu pensamento naquele momento crítico. ‘Mas depois disseram-nos que não podíamos arrancar e, pronto. Parámos’.

O momento de viragem surgiu quando Acosta observou incidentes com outros pilotos. ‘Para ser honesto, de alguma forma, o Fabio [Quartararo] e outro piloto caíram na última curva, e então eu disse, ok. Momento de avançar. Momento de avançar. Porque também estava a ter alguns momentos complicados. Não estava a ser muito divertido, mas de qualquer forma, gerimos bem’, admitiu o piloto da KTM.

Refletindo sobre o fim-de-semana em geral, Acosta mostrou sentimentos mistos. ‘No geral, positivo, mas triste. É triste ver que tomámos a decisão errada, mas a configuração e as sensações estavam lá e por isso temos de tirar o positivo’, concluiu. Sobre a escolha de pneus, foi categórico: ‘Devíamos ter corrido com o macio, é isso, porque se virem, o Maverick [Viñales] estava com muitas dificuldades. Eu fui o primeiro com médio. Raúl [Fernández] estava a dizer o mesmo. Agora para estes médios, é isso’.