
Numa jogada audaciosa que deixou o mundo do desporto motorizado em alvoroço, o chefe da equipa da Fórmula E, Sylvain Filippi, lançou críticas à Fórmula 1, afirmando que a série totalmente elétrica tem um rumo tecnológico bem definido, ao contrário das águas tumultuosas do processo de tomada de decisão da F1.
A recente agitação na Fórmula 1 em relação aos planos abandonados para o regresso dos motores V10 até pelo menos 2029 gerou controvérsia entre os OEMs, com a Audi a expressar preocupações sobre a mudança proposta. Filippi, no entanto, expressou a sua satisfação com o roteiro coeso da Fórmula E, contrastando-o com a incerteza que rodeia o futuro tecnológico da F1.
Filippi afirmou com confiança: “A única coisa com que não temos problema é com o roteiro. Eles têm uma ideia muito clara sobre onde estamos a ir e o que estamos a fazer, e assim por diante. Para a F1, é um pouco de coçar a cabeça sobre qual tecnologia usar.”
O chefe da Fórmula E enfatizou a importância da polinização cruzada entre os desportos motorizados, destacando as oportunidades de aprendizagem mútua entre as duas séries. Este atrito no mundo da inovação no desporto motorizado reacendeu o debate sobre a relevância dos motores V10 na Fórmula 1, com Filippi e outros chefes de equipa a questionarem a necessidade do seu regresso.
Em meio às incertezas na F1, o Vice-Presidente da DS Penske, Phil Charles, e o chefe da Andretti, Roger Griffiths, ecoaram os sentimentos de Filippi, sublinhando o compromisso da Fórmula E em ultrapassar limites tecnológicos. Charles enfatizou a natureza inovadora da Fórmula E, afirmando: “Acho que temos uma boa situação e, portanto, eles [F1] podem fazer as suas escolhas, mas devemos continuar a avançar.”
Griffiths, relembrando o seu tempo na Fórmula 1, reconheceu a ligação emocional aos motores V10, mas enfatizou a posição única da Fórmula E como um campeonato totalmente elétrico. Ele afirmou: “Somos o único campeonato de uma única temporada no mundo que pode ser 100% elétrico, por isso é algo a que nos mantemos fiéis.”
À medida que o panorama do desporto motorizado evolui, a Fórmula E está na vanguarda do avanço tecnológico, traçando um caminho claro à medida que as decisões da F1 vacilam. Com ambas as séries a seguir percursos distintos, a rivalidade entre as corridas elétricas e as movidas a combustão intensifica-se, cativando fãs e insiders da indústria.