As oficinas do Sp. Braga abriram há cerca de três semanas e, por isso, chegou a altura do primeiro balanço por parte de Carlos Vicens, o homem escolhido por António Salvador para elevar o nível dos arsenalistas. O espanhol, em declarações aos meios do clube, mostrou-se satisfeito com o que encontrou no Minho, desde as instalações ao grupo que orienta. 

"A verdade é que tudo passou muito rápido e nem se dá conta que já passaram três semanas. Tive uma receção espetacular por parte de toda a gente do clube, que fez com que nossos primeiros dias de trabalho tenham sido muito fáceis. Depois encontrei um grupo com uma predisposição incrível para trabalhar no dia a dia e para tentar aplicar os conceitos que queremos. Então, a minha avaliação é muito positiva destas três primeiras semanas. Houve chegada de gente, primeiro por compromissos internacionais e depois por contratações, e também tive a oportunidade de ver jogadores jovens que vão estar entre a primeira e a segunda equipa, o que também é positivo. E tudo são sensações positivas. Não tenho qualquer sensação de que tenha havido urgência, ou sensações de que esteja a ser difícil implementar os novos conceitos. Estou bastante satisfeito", começou por dizer o treinador espanhol, explicando depois onde focou o trabalho neste arranque de experiência em Braga. 

"Grande parte da nossa energia, desde que chegamos, tem a ver com a importância do grupo, a importância da equipa por cima do individual, a importância de trazer valores claros que nos identifiquem como uma equipa de trabalho, com pessoas que têm um objetivo comum. Um equipa que, com ambição, sabe que há coisas muito importantes no dia a dia, nos pequenos detalhes que são o que podem permitir, depois, olhar para longe. Temos falado muito de que se nos desviarmos desse caminho passo a passo podemos confundir-nos. Temos colocado muito ênfase nesses aspectos", referiu Carlos Vicens, elogiando também a forma como o grupo está a comprar a ideia de jogo que pretende para este novo Sp. Braga. 

"Cada treinador tem a sua própria ideia, a sua própria identidade. A receção dos jogadores daquilo que tentamos implementar no terreno de jogo, em cada treino, está a ser muito, muito boa. Obviamente, leva trabalho. Éramos conscientes e seguimos conscientes de que em cada treino há aspetos a melhorar. Com essa ideia, viemos e seguimos com uma grande ilusão para continuar a ajudar os jogadores a percorrer esse caminho", explicou o técnico, que, ao fim de três semanas já vê melhorias na forma como a equipa se apresenta em campo: "Vemos que os jogadores já estão a aplicar coisas que nos primeiros dias que tentávamos e era mais difícil que saíssem bem. O nível, obviamente, de condição física vai melhorando e vejo os rapazes muito focados, muito concentrados para que tudo aquilo que vamos explicando se aplique e se desenvolva com sucesso. Também sabemos que cada dia é um dia a menos para o nosso primeiro jogo oficial. Os jogadores também sabem que precisamos de uma preparação especial, porque temos um mês de agosto e final de julho especial, sobretudo quando comparado com a maioria das equipas da nossa liga. As circunstâncias especiais requerem uma preparação especial. Sabendo isso, estamos a trabalhar nessa direção e os jogadores estão a responder muito bem."