No meio da azáfama do último dia de mercado, a bola não deixou de rolar. Em Moreira de Cónegos, o SC Braga (1-2) voltou a vencer ao cair do pano, tal como havia acontecido na última jornada fora, na Reboleira.
Schettine fez cumprir a lei do ex logo a abrir, deixando o seu antigo clube em desvantagem. No segundo tempo, Moutinho cabeceou para o empate e Ricardo Horta, no jogo em que se tornou o jogador com mais jogos de sempre pelo clube, foi herói com um golo aos 90+3´.
O SC Braga apresentou-se em Moreira de Cónegos sem uma das referências da equipa: Bruma está a caminho do Benfica e já não se despediu dos adeptos bracarenses. No Moreirense, Madson seguiu para o México e desfalcou César Peixoto nas opções para o jogo.
Bola parada pôs o SC Braga a correr
Cláudio Pereira apitou para o início da partida e rapidamente teve trabalho de sobra. Aos quatro minutos de jogo, o Moreirense abriu o marcador por Schettine - ex-SC Braga -, na sequência de uma bola parada. No lance existiram dois momentos de dúvida: uma falta de Marcelo em Hornicek e um fora de jogo. O juiz da partida e o VAR demoraram uns longos seis minutos a dar o veredicto da decisão. Golo, bem validado.
Em desvantagem desde muito cedo, os arsenalistas viram-se obrigados a correr atrás do prejuízo, mas sem grande intensidade. O SC Braga foi tomando conta da posse de bola, mas sem nunca saber muito bem o que fazer com ela.
O Moreirense foi-se mostrando coeso e sem conceder grandes chances ao adversário, com o mesmo espírito que os fez vencer Sporting CP e FC Porto e empatar diante do Benfica no Comendador Joaquim de Almeida Freitas.
O resulto manteve-se até ao intervalo, com duas grandes oportunidades - uma para cada lado - até ao fim do primeiro tempo. Roger atirou à barra de pé direito e Dinis Pinto quase foi o segundo a fazer cumprir a lei do ex.
Tinha de ser ele
A entrada do SC Braga no segundo tempo não foi animadora, mas a equipa foi gradualmente melhorando desde os dez minutos iniciais. Nesses dez minutos, Schettine e Dinis Pinto, novamente, estiveram em boa posição para fazer golo, mas desperdiçaram com alguma displicência.
Com cruzamentos, os comandados de Carlos Carvalhal conseguiram criar mais perigo do que até então, mas Fran Navarro esteve sempre a poucos palmos da baliza. Os dois cabeceamentos de El Toro passaram muito perto da baliza de Kewin, avisando do que aí vinha...
Na sequência de um canto, o pequeno João Moutinho tornou-se gigante. Ao primeiro poste, o segundo mais internacional de sempre por Portugal cabecou para o empate no marcador.
O relógio foi andando até ao final sem grande espectacularidade nem grande qualidade, mas eis que apareceu Ricardo Horta. No último minuto de descontos, o capitão - que completou neste jogo a marca de jogador com mais jogos de sempre do clube - rematou para o fundo das redes e garantiu os três pontos para os arsenalistas.