
Bruno Lage, na entrevista rápida à Sport TV, reagiu à vitória sobre o Santa Clara, mas também falou das opções para o jogo, dos reforços e muito mais.
— Surpreendeu com o onze inicial. O que leva melhor dos Açores, mais que os três pontos, é a boa exibição da equipa e os reforços para os próximos jogos?
— Sim. Mas, acima de tudo, foi um bom jogo de futebol de ambas as equipas. Sabemos o campeonato que o Santa Clara está a fazer. E a jogar nestas condições temos de dar os parabéns aos jogadores. Campo pesado, muito vento e os jogadores tiveram caráter, lutaram e fizeram um bom jogo, face às circunstâncias. São as decisões que temos de tomar. Como disse na antevisão, os jogadores trabalham connosco há algum tempo, até mesmo os jovens da equipa B e dos sub-23, e, como tal, conheço-os bem, como eles conhecem as nossas ideias. Tomámos as melhores decisões para o jogo. Temos muita confiança em toda a gente. A cada momento vamos escolhendo os melhores e hoje tomámos as melhores decisões, para fazer este jogo com segurança e qualidade. Criámos as oportunidades suficientes para vencer.
— Sai daqui um treinador mais feliz tendo em conta a resposta de jogadores que não têm tido tantos minutos e da equipa que deu uma grande resposta frente a um adversário difícil?
— Tenho dito isto desde o primeiro dia. Temos um grupo muito bom. Fizemos alguns ajustes que, na minha opinião, seriam fundamentais. Eles têm de trabalhar e responder a cada momento que forem chamados. Hoje ficamos felizes com todos, estou particularmente feliz com o Bruma, porque foi uma aposta certa da nossa parte, um jogador muito experiente, também tinha feito os dois golos do SC Braga aqui com o Santa Clara. Hoje estreia-se a marcar pelo Benfica. É isso que os jogadores têm de fazer: trabalhar muito. Terão confiança da nossa parte e cabe-me decidir o melhor onze e a melhor estratégia para os jogos.
— Samuel Dahl estreou-se, Belotti jogou pela primeira vez a titular, João Rego e Nuno Félix também jogaram. Demonstraram que podem ser cada vez mais opções?
— Exatamente. As contratações foram feitas para isso e os miúdos da formação, que já não são miúdos, são o presente e o futuro. É isso que queremos. Estamos felizes com todos, com os que se estrearam, com os que entraram, com os que ajudaram a equipa a vencer este jogo. Era um jogo muito importante e difícil, face às circunstâncias de tempo de um jogo para outra, às condições do relvado e climatéricas e, acima de tudo, face à qualidade do Santa Clara, com um treinador a fazer uma época fantástica, um treinador a fazer uma época fantástica. Sabem o quanto é difícil jogar e vencer aqui.
— Tomás Araújo e Schjelderup viajaram para os Açores mas não foram inscritos na ficha de jogo. Quer explicar porquê? Estão disponiveís para jogar contra o Mónaco?
— Estão disponíveis. O Schjelderup, sim. O Tomás temos de perceber melhor.
— Muitas pessoas podem pensar que o Benfica, com este onze inicial com o Santa Clara, priorizou o jogo com o Mónaco.
— Não, não, não. Não temos essa margem. Aquilo que representa o Benfica é jogar sempre para vencer. Por isso, tínhamos muita confiança nos jogadores, na equipa e na estratégia que implementámos. Fizemos uma primeira parte segura, estivemos muito bem na segunda, marcámos, vencemos e estamos muito felizes.
Já depois falou em conferência de Imprensa.
— Foi um bom jogo de futebol, tendo em conta as circunstâncias. Da nossa parte, tivemos pouco tempo de um jogo para o outro. Depois, apesar do estado do relvado e das condições climatéricas, as duas equipas fizeram um bom jogo. É uma vitória muito importante para nós. É uma vitória justa. Fizemos uma primeira parte segura e entrámos muito fortes na segunda. Chegámos ao nosso golo e, como tal, são três pontos merecidos e importantes.—
— Queria pedir-lhe um comentário sobre o recente falecimento de Pinto da Costa.
— Os meus sentimentos.
— Samuel Dahl é um lateral-esquerdo e jogou como médio.
— É em função da estratégia. Sabemos que é um jogador ofensivo, com qualidade de cruzamento semelhante ao do Beste. A nossa equipa joga bem contra linhas de cinco. Daí a decisão de fazermos algumas alterações. Não que estivéssemos a abdicar de alguma coisa. Nesta casa não há hipótese de abdicar de nada. Sentimos, sim, e agora é mais fácil de falar depois da vitória, que as decisões teriam de ser estas. E a estratégia foi a certa. Vencemos, mas tão importante como vencer foi sentir a equipa segura 90 minutos.
— As mudanças na equipa foram para surpreender o Santa Clara ou tratou-se de gestão física?
— Surpreender em termos estratégicos, colocar muita gente por dentro e manter dois homens abertos na largura. Já o tínhamos feito no jogo da Taça da Liga e tinha corrido bem. Seguimos em frente com a mesma estratégia mas com jogadores diferentes, para procurar, em função disso, outras dinâmicas. Depois, a jogar de três em três dias, e ainda bem que o fazemos porque estamos em várias frentes, é escolher os melhores jogadores a cada momento. Mais importante foi os jogadores corresponderem, estou muito satisfeito por isso. Além das estreias [a titular] do Belotti e do Bruma, com um golo, também do Samuel Dahl, entraram o João Rego e estreou-se o Nuno Félix na primeira equipa.
— Qual o legado que fica de Pinto da Costa?
— Foram muitos anos no futebol, com muitos títulos. Os meus sentimentos.