Na 19.ª e penúltima posição do Brasileirão, o Fortaleza decidiu demitir na terça-feira Renato Paiva. Foi a quinta vez que um treinador português acabou demitido na corrente edição da Série A, a segunda de Paiva.

Antes dele, caíram dois no Sport, começando por Pepa, o protagonista da subida à elite do ano passado, e acabando em António Oliveira. Já Pedro Caixinha foi a primeira vítima, logo à jornada três, no Santos.

Com a queda de Paiva, que pegou no leão há menos de mês e meio e, somadas todas as competições, registou uma vitória, três empates e seis derrotas, a última das quais na casa do Internacional no fim de semana, subiu para 17 o número de misters demitidos no Brasileirão de 2025, com ainda 16 jornadas e mais um punhado de jogos atrasados por disputar. Mano Menezes, por exemplo, durou 90’ no Fluminense. Hoje treina o Grêmio.

Entre os sobreviventes está Abel Ferreira, o treinador há mais tempo num clube, o Palmeiras, que completará cinco anos de alviverde vestido no dia 3 de novembro. Notável, tendo em conta que o tempo médio de permanência de um treinador no Brasil é inferior a seis meses e que há, no mesmo período, treinadores com mais de 10 trabalhos e clubes com mais de 10 técnicos. Outro sobrevivente é Leonardo Jardim, novato no país ao serviço do Cruzeiro.

Os dois estão à beira do topo da tabela com verdão, 3.º classificado, e azulão, 2.º, atrás apenas do Flamengo do também resistente Filipe Luís. O 4º, Bahia, o 6º, Mirassol, o 8º, Bragantino, o 10º, Internacional, e o 11º, Ceará, são os demais emblemas que ainda não mudaram de comando (o Atlético Mineiro nomeou esta quarta-feira Jorge Sampaoli para substituir Cuca). Todos os outros 12 têm, no mínimo, uma alteração, com Sport, Fortaleza, Juventude, Vitória e Santos, não por acaso os cinco últimos, a bisarem.

A prova começou com cinco portugueses – 25 por cento do total –, dos quais sobram os citados dois – 10 por cento.

Na Série B, entretanto, não havia nenhum no arranque da prova mas agora trabalham por lá António Oliveira, que recebeu voto de confiança após a última jornada do dirigente Marcos Braz, ex-Flamengo, no sexto classificado Remo, e Rui Duarte, no Athletic, de São João del-Rei, clube estreante no segundo escalão brasileiro que segue no 15º lugar.