O SC Braga inaugurou, esta terça-feira, o Estádio Amélia Morais, uma infraestrutura dedicada, exclusivamente, ao futebol feminino. Assim, a equipa orientada por Miguel Santos vai começar a realizar os seus jogos na Cidade Desportiva do clube, saindo do Estádio 1.º Maio.

Assim, a terceira fase do projeto logístico dos guerreiros fica concluída e o presidente António Salvador exaltou com o momento, no seu discurso de inauguração.

«O SC Braga completa hoje, com a inauguração do Estádio Amélia Morais, o maior desafio da sua história, concluindo a terceira fase do projeto da Cidade Desportiva. É uma infraestrutura transformadora, que mudou radicalmente o clube que somos e as perspetivas de futuro que temos. A Cidade Desportiva arma o SC Braga como um clube sólido e maduro. Um clube que teve uma visão do seu futuro, aprovada pelos sócios, mas apenas concretizada graças à capacidade gerada internamente e que, tenho de o dizer, é muito rara, senão única, em Portugal.»

A capacidade máxima é de 2.800 espectadores, todos sentados. Este estádio teve um custo total de 10 milhões de euros, sendo que no total, a Cidade Desportiva bracarense, ascendeu aos 60 milhões, num esforço exclusivo do clube, tal como o presidente fez questão de salientar.

«Somos gratos e reconhecidos aos poderes políticos nacionais e locais, mas não podemos deixar de notar que os 60 milhões de euros investidos na Cidade Desportiva foram 100 por cento suportados pelo SC Braga, sem qualquer outro apoio ou incentivo e sem recurso a financiamentos bancários.»

A cerimónia protocolar contou com a presença de várias personalidades ligadas ao desporto e à política. Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares com a tutela do desporto, que elogiou a obra.

«Quero deixar uma mensagem de espanto e reconhecimento. Isto porque se trata de uma obra espantosa, envolvida num projeto grandioso e inspiradora para todos que adoram desporto.»

Já o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes salientou que se tratou de «mais um dia de enorme significado para o clube, mas também para o futebol nacional», sendo que Pedro Proença, presidente da Liga, reforçou a aposta efetuada pelo emblema minhoto.

«Este é um clube de visão e de sucesso que tem vincado nos seus jogadores e património esse mesmo sucesso. Enaltecendo o seu ecletismo. Este legado, visão e ambição torna este clube reconhecido.»

Ainda estiveram presentes Pedro Dias, secretário de Estado do Desporto, Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga e o selecionador nacional de futebol feminino, Francisco Neto.

SC Braga-PSG

No jogo de inauguração, as guerreiras do Minho mediram forças com as francesas. Em dia de festa, as bracarenses venceram por 2-1, na nova casa. O treinador Miguel Santos promoveu dez alterações a meio de cada das partes e utilizou as três guarda-redes do plantel. O primeiro golo do SC Braga surgiu aos 39 minutos, por Malu Schmidt, mas as parisienses responderam, ainda antes do intervalo, chegando ao empate na sequência de um canto, com um golpe de cabeça de Paulina Dudek. Na segunda parte, houve um amarelo para Jennifer Echegini (64’), do PSG, e o segundo tento das arsenalistas foi apontado por Mariana Azevedo aos 65’.