Era inevitável perguntar a Ruben Amorim sobre a saída de Marcus Rashford do Manchester United. O avançado, que desde o início de dezembro não era opção para o treinador português, foi emprestado ao Aston Villa até final da época. E Amorim não quer mais perguntas de mercado... nem de um jogador que já não tem no plantel.  

Ele só está emprestado, deve regressar no verão...? «Rapazes... o verão... Como já dissemos, estamos a lutar pelos nossos empregos até ao verão (risos). Felizmente agora o Marcus está em Birmingham com o Unai [Emery] (risos), por isso podem levar as perguntas a outro treinador nos próximos meses. Estamos apenas concentrados nos nossos jogadores», reagiu na antevisão ao jogo com o Leicester para a Taça.

Felizmente agora o Marcus está em Birmingham com o Unai [Emery] (risos), por isso podem levar as perguntas a outro treinador nos próximos meses

O treinador insistiu na realidade de que pode ter o lugar em risco se os resultados não mudarem: «Isso é claro, mas também é excitante, sei que quando se escolhe esta profissão há o risco de resultados e quando vim para cá, olhei para o calendário, olhei para a equipa. Sabia que a minha decisão de mudar tudo a meio da época, com decisões difíceis, sem novas contratações, seria um perigo para um treinador, mas desde o primeiro dia tenho uma ideia clara do que quero fazer e corro estes riscos porque no final vai compensar. Mas não sou ingénuo, já o disse muitas vezes, este é um desporto de resultados e estamos numa situação difícil» 

Com as saídas de jogadores como Jadon Sancho e Anthony esta época, Amorim não ficou com muitas opções para o ataque: «Temos de encontrar jogadores que joguem em diferentes posições, a forma como jogamos vai levar tempo e não vai resolver todos os problemas, temos muitos remates dentro da área e a bola não entra, são pormenores que temos de afinar. O Amad [Diallo] pode marcar mais, o Bruno [Fernandes] pode marcar mais, até o Kobbie Mainoo pode marcar mais jogando naquela posição do campo. Temos de melhorar como equipa, temos algum tempo.» 

Quando vim para cá, olhei para o calendário, olhei para a equipa. Sabia que a minha decisão de mudar tudo a meio da época, com decisões difíceis, sem novas contratações, seria um perigo para um treinador