
O mundo vai passar a conhecer um novo Papa esta quinta-feira, 8 de maio. Como é o futebol no Vaticano, casa do Papa e da Igreja Católica.
O fumo branco saiu pela chaminé da Capela Sistina e deu a milhões de fiéis uma certeza: esta quinta-feira, 8 de maio, será conhecido o sucessor de Pedro, primeiro papa da Igreja Católica. O nome ainda não se apresentou perante a Praça de São Pedro, no Vaticano, mas gera grande expectativa… tal como a seleção de futebol do Vaticano.
Embora não reconhecida pela FIFA, o Vaticano tem uma seleção de futebol e um campeonato local. O microestado mais pequeno do mundo é independente desde 1929 e tem na bola jogada pelos pés uma das suas múltiplas dimensões, naturalmente mais focadas na espiritualidade.
A seleção do Vaticano foi oficializada apenas na década de 80 do século XX, durante o pontificado de João Paulo II, e é apoiada pela ASD, a Associação Desportiva Diletantística, responsável por organizar jogos de futebol e competições de atletismo no Vaticano.
Por não ser uma seleção reconhecida pela FIFA – à semelhança das Ilhas Marshall, Kiribati, Micronésia, Mónaco, Nauru, Palau e Tuvalu – o Vaticano não participa no apuramento para o Europeu ou para o Mundial, mas já realizou vários jogos amigáveis contra seleções como San Marino, a Palestina ou mesmo a Áustria.
Na seleção do Vaticano jogam seminaristas, funcionários do Vaticano, guardas de museus italianos e soldados da Guarda Suíça Pontifícia, equipa de segurança que protege o Papa. Naturalmente, o futebol não é a prioridade de nenhum dos convocados para os jogos.
Desde 2018 que o Vaticano tem também uma equipa de futebol feminina, embora as mulheres estejam em menor número no microestado. A seleção do Vaticano é, como expectável, uma atração inusitada a nível mundial e já teve um selecionador famoso.
Giovanni Trapattoni, lendário treinador italiano que passou pelo Benfica em 2004/05, já orientou a seleção do Vaticano. Em 2010, o cardeal Tarciso Bertone, secretário de Estado do Vaticano, organizou um jogo entre a seleção do microestado católico e… a polícia italiana. O treinador foi o escolhido para orientar a equipa da Santa Sé no encontro.
O futebol está presente em todo o lado e, como a seleção do Vaticano mostra, a ligação entre a redondinha – tão aclamada pelo Papa Francisco – e a fé vai bem mais para além do sinal da cruz ao entrar em campo ou do apelo divino nos momentos apertados do jogo. Quando uns pensam em colocar a bola no último terço, outros pensam no Pai Nosso das contas do terço.