O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, esta quarta-feira, estar “pronto” para um encontro com os homólogos russo, Vladimir Putin, norte-americano, Donald Trump, e turco, Recep Tayyip Erdogan, para fazer avançar com as negociações de paz.

“Estamos prontos para essa reunião a qualquer momento”, afirmou numa conferência de imprensa em Kiev, em que propôs um cessar-fogo “antes da reunião dos líderes” e na qual considerou que as conversações em Istambul “não fazem sentido”.

A verdade é que as conversações de paz, de 2 de junho, com uma delegação russa na Turquia fizeram poucos progressos para pôr fim à guerra de três anos na Ucrânia, à exceção de uma troca de propostas e de um plano para uma “grande troca” de prisioneiros.

Kiev e Moscovo planeiam trocar 500 prisioneiros de guerra

Essa “grande troca” de prisioneiros, revelou Zelensky, vai acontecer no próximo fim de semana.

"Hoje, as nossas equipas realizaram consultas sobre a troca acordada. O lado russo informou-nos que está pronto para transferir 500 pessoas neste fim de semana, no sábado ou domingo, das cerca de mil que acordámos trocar, pelo que estaremos prontos para trocar a quantidade correspondente", adiantou.

Zelensky acrescentou que os jornalistas e outros civis ucranianos mantidos em cativeiro pelas autoridades russas poderão ser incluídos nas trocas acordadas na segunda-feira em Istambul, na Turquia.

Além das trocas de prisioneiros referidas, ambos os lados concordaram trocar os restos mortais de 6.000 soldados mortos de cada lado que estão na posse do inimigo.

A Rússia e a Ucrânia já tinham acordado trocar mil prisioneiros de cada lado no primeiro encontro direto entre representantes dos dois países em três anos, também realizado em Istambul, a 16 de maio.

Esta troca, a maior de toda a guerra, aconteceu dias depois, em três fases.