Mais de 170 famílias do estado venezuelano do Amazonas (sul), na fronteira com o Brasil e a Colômbia, foram deslocadas para abrigos temporários devido ao risco "iminente" de inundação do rio Orenoco, informou hoje a Proteção Civil.

Através de uma mensagem no Instagram, a instituição indicou que as pessoas realojadas vão permanecer em abrigos "enquanto se realizam os trabalhos de assistência e acompanhamento das zonas vulneráveis".

Na sua publicação, a Proteção Civil advertiu que o Orenoco aumentou o seu nível para 98 centímetros "acima do parâmetro de transbordo", um número que já tinha sido anunciado na segunda-feira pelo governador do Amazonas, Miguel Rodríguez, que informou no fim de semana que pelo menos 199 famílias tinham sido afetadas pelas chuvas intensas nos últimos dias.

A instituição disse que esta inundação já afetou "várias comunidades", especialmente dois municípios do Amazonas, e um trecho do Orenoco onde passam os barcos que ligam a entidade ao estado de Apure, também fronteiriço com a Colômbia.

"O Sistema Nacional de Gestão de Riscos continua com o monitoramento constante do rio, implementando ações de mitigação, avaliando danos e prestando atenção direta às pessoas afetadas", acrescentou a Proteção Civil.

Antes, numa entrevista telefónica à estatal Venezuelana de Televisión (VTV), o governador do estado de Monagas (leste), Ernesto Luna, alertou para a existência de mais de 322 pessoas afetadas pelas fortes chuvas nesse território.

Nas últimas semanas, as chuvas também causaram situações de emergência em vários estados do oeste da Venezuela, incluindo Mérida, Táchira, Barinas, Trujillo, Zulia e Portuguesa, onde uma pessoa teria morrido.