"As conclusões [do Conselho Europeu] são inequívocas", disse Luís Montenegro, em conferência de imprensa, no âmbito de uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

O primeiro-ministro disse que há uma "fortíssima preocupação" dos líderes dos 27 países do bloco comunitário em "desbloquear todos os fluxos humanitários", na sequência de um bloqueio por parte de Israel à entrada de apoio humanitário para a população palestiniana, desde o início de março.

Luís Montenegro disse que no enclave palestiniano se vive uma "situação catastrófica" que está "para lá do limite".

Face à pressão internacional, o Governo israelita deixou passar alguns camiões com ajuda humanitária, mas as Nações Unidas e várias organizações não-governamentais advertiram que é insuficiente para suprir as necessidades da população palestiniana.

Sobre a revisão do acordo de associação com Israel, o líder do executivo disse que os chefes de Estado e de Governo da União Europeia estão a aguardar uma proposta da alta-representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, para rever ou até suspendê-lo.

De acordo com um relatório, Israel terá violado o Artigo 2.º do acordo de associação com a União Europeia, que abrange o respeito pelos direitos humanos como elemento essencial para as relações entre Telavive o bloco político-económico europeu.

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