O Presidente da República reagiu esta quarta-feira aos desenvolvimentos na Operação Tutti Frutti (cuja investigação se iniciou em 2018) considerando que "a Justiça tem de ser mais rápida".
Falando com jornalistas em Praga, onde se encontra em visita oficial, Marcelo Rebelo de Sousa enquadrou esta necessidade de uma justiça mais rápida com a necessidade de uma "reforma" do sistema judicial, salientando até que personalidades como a ministra da Justiça, o presidente da Assembleia da República e o presidente do Supremo Tribunal de Justiça já se mostraram para isso "disponíveis".
"Uma justiça tardia não é uma justica tão justa quanto uma justiça rápida" até porque "perante a evolução dos processos, é muito díficil aos que estão na vida política, sendo arguidos ou acusados, continuarem a fazer a sua vida como se nada acontecesse", afirmou. Concluindo: "Aquilo que se puder fazer para a justiça ser mais rápida é melhor porque é estabilizador".
No total, os 60 acusados, maioritariamente ligados ao PSD e ao PS, respondem por 463 crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, tráfico de influências, branqueamento, burla qualificada, falsificação de documento, abuso de poder e recebimento indevido de vantagem, algum dos quais na forma agravada.
Dois dos acusados, Luís Newton (deputado do PSD) e Ângelo Pereira (vereador PSD na Câmara de Lisboa) já anunciaram a suspensão dos respetivos mandatos.
O MP pede a perda de mandato para 13 dos acusados (ver AQUI quem são).