O presidente do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, disse que Donald Trump está a considerar implementar uma pausa nas tarifas, que seria aplicada a todos os países com a exceção da China, durante 90 dias, avançou a CNBC.

No entanto, pouco depois, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavit, afirmou à mesma CNBC que as notícias são “falsas” e que tudo não terá passado de um desentendimento.

Recorde-se que as bolsas de todo o mundo voltaram a acordar em queda, no início de uma semana em que entram em vigor taxas tarifárias mais severas, inclusive à União Europeia.

O que aconteceu?

Trump lançou, na semana passada, uma guerra comercial contra o resto do mundo, impondo uma taxa mínima de 10% sobre todas as importações.

No entanto, as tarifas serão aumentadas a partir desta quarta-feira para várias dezenas de parceiros comerciais dos Estados Unidos, caso da União Europeia (20%) e da China (34%).

A maioria dos economistas espera que estes novos impostos sobre os produtos importados para os Estados Unidos provoquem uma aceleração da inflação e abrandem o consumo interno.

"Pode haver aumentos de preços", admitiu Kevin Hassett, para quem estas tarifas aduaneiras são uma forma de "tratar os trabalhadores (americanos) de forma justa" e de os proteger da concorrência desleal.

Bruxelas propõe aos EUA tarifas zero sobre bens industriais

A Comissão Europeia propôs tarifas zero para bens industriais nas trocas comerciais entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, na sequência das medidas norte-americanas, e está a ouvir as empresas para adotar contramedidas comunitárias.

A UE está a preparar-se para tensões na relação com a nova administração de Donald Trump, especialmente em relação a tarifas comerciais, mas no espaço comunitário paira a incerteza sobre a parceria transatlântica.

Com LUSA