As trabalhadoras da Santa Casa da Misericórdia de Machico esperam que possa haver diálogo com a nova secretária regional, a fim de chegar a um entendimento sobre as suas reivindicações. Uma comitiva deslocou-se, esta tarde, à Assembleia Legislativa da Madeira, para entregar um pedido de audiência e tentar chegar à fala com os partidos eleitos e, por isso, aguardavam o fim da tomada de posse do novo Governo Regional.

Cristiana Sousa, dirigente sindical do CESP Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços, explica que em causa está reivindicam o pagamento em falta dos Retroactivos de Julho de 2022 a Dezembro de 2023, bem como o cumprimento do CCT em matéria de Descansos Compensatórios em Dia de Feriado, Horários de Trabalho e Escalas de Serviço.

Já em Março, as trabalhadoras tinham requerido a Miguel Albuquerque uma reunião com carácter de urgência para conversações, mas até agora não obtiveram qualquer resposta.

Mais de uma centena de trabalhadoras são afectadas pelas decisões que estão a ser tomadas, nomeadamente, não terão direito a tolerância de ponto na próxima Sexta-feira Santa, algo que era habitual. A sindicalista indica ainda que, desde que a luta das trabalhadoras começou, têm havido várias retaliações, nomeadamente processos disciplinares a funcionárias da cozinha.

"Temos de encarar isto como uma forma de pressão que a Santa Casa está a fazer sobre estas trabalhadoras", assume Cristiana Sousa.