
A tensão entre a Índia e o Paquistão na disputa pela região de Caxemira e Jamu continua a escalar depois de as forças armadas indianas terem lançado mísseis contra nove zonas no Paquistão e na região de Caxemira. Os ataques já provocaram mais de 30 mortos e 40 feridos.
As tensões entre as duas potências nucleares, rivais desde que se tornaram independentes do Reino Unido em 1947, agravaram-se desde 22 de abril, quando homens armados mataram 26 pessoas no lado indiano de Caxemira.
Os dois exércitos trocaram tiros de artilharia ao longo da fronteira disputada na região de Caxemira, algumas horas depois da ofensiva aérea indiana contra território paquistanês, em retaliação pelo ataque mortal de 22 de abril em Pahalgam.
Quais são os últimos desenvolvimentos?
A Índia disparou mísseis contra seis cidades na Caxemira paquistanesa e no Punjab esta madrugada, de acordo com o exército paquistanês.
Nova Deli afirmou ter "atingido a infraestrutura terrorista no Paquistão (...) a partir da qual foram organizados e direcionados os ataques terroristas contra a Índia".
Pelo menos 26 civis morreram e 46 ficaram feridos nos ataques e na subsequente troca de tiros entre os dois exércitos na região da Caxemira, de acordo com o porta-voz do exército paquistanês, tenente-general Ahmed Chaudhry.
O exército indiano alegou que o fogo de artilharia paquistanesa tinha como alvo a parte de Caxemira administrada por Nova Deli. Pelo menos oito pessoas foram mortas na aldeia indiana de Poonch (noroeste) durante o tiroteio entre os dois exércitos, disse uma autoridade local à agência de notícias France-Press (AFP).
O Paquistão disse que "se reserva o direito absoluto de responder decisivamente a este ataque indiano não provocado", ao mesmo tempo que informou que os ataques indianos danificaram uma das barragens de geração de eletricidade no lado paquistanês de Caxemira.
"Uma resposta resoluta já está em curso", garantiu o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif.
O Paquistão garantiu também ter abatido cinco aeronaves indianas.
O exército indiano alegou que o fogo de artilharia paquistanesa tinha como alvo a parte de Caxemira administrada por Nova Deli.
Voos cancelados
Esta quarta-feira, as companhias aéreas, incluindo a United Airlines e a KoreanAir, reencaminharam ou cancelaram voos e cerca de uma dúzia de aeroportos indianos foram encerrados n sequência da escalada de tensão na região.
As autoridades paquistanesas afirmaram que 57 voos internacionais estavam no espaço aéreo do país aquando do ataque da Índia. O gabinete do primeiro-ministro, Shehbaz Sharif, afirmou que a ação da Índia "causou um grave perigo para as companhias aéreas comerciais" dos países do Golfo e "pôs vidas em perigo".
Com Lusa