
"Com a independência, reduzimos o elevado índice de alfabetismo de 93% em 1975 para 38% em 2024. Embora ainda seja um desafio a sua eliminação, sobretudo nas mulheres, por isso continuamos a trabalhar", declarou Daniel Chapo ao discursar no agora Estádio da Independência Nacional, onde decorrem as cerimónias centrais das celebrações dos 50 anos de independência.
De acordo com o chefe de Estado, no mesmo período Moçambique expandiu o ensino a todos os níveis, "incluindo o ensino técnico e superior".
"Em 1975, só tínhamos três institutos de ensino médio em todo o país, hoje já temos 245 institutos deste nível em Moçambique. Em 1975, só tínhamos uma e única universidade (...) e hoje temos cerca de 60 instituições de ensino superior em todas as províncias e até em alguns distritos, graças à nossa independência", explicou.
O Governo alargou ainda a rede de infraestruturas do ensino secundário geral, de cinco para 2.504, segundo o governante.
Para Chapo, a pobreza e o desemprego que afeta com maior impacto aos jovens constitui um dos principais obstáculos ao desenvolvimento nacional inclusivo.
"Continuaremos a orientar as políticas públicas para criação de empregos, habitação para os jovens, fortalecimento da economia formal e promoção do empreendedorismo, principalmente nas zonas rurais, entre novas gerações", acrescentou.
Moçambique celebra os 50 anos de independência, com a cerimónia principal dirigida pelo Presidente da República, registando-se a presença de vários chefes de Estado, incluindo o de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, da Tanzânia, Samia Suhulu (como convidada de honra), da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa.
As cerimónias centrais foram marcadas para o local onde o primeiro Presidente do país, Samora Machel, proclamou a independência, às primeiras horas de 25 de junho de 1975, após uma luta contra o regime colonial português que começou em 25 de setembro de 1964.
LYCE // JMC
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