O Supremo Tribunal de Justiça decidiu esta quarta-feira baixar as penas de cadeia aos principais arguidos condenados pela morte dos dois recrutas dos Comandos, em 2016.

Ricardo Rodrigues, o médico responsável pela prova tinha sido condenado pelo tribunal da relação a uma pena efetiva de sete anos e meio de cadeia, fica agora com uma pena suspensa de quatro anos.

Já Miguel Domingues, o instrutor do curso baixa dos cinco anos e três meses de prisão efetiva, para os quatro anos e meio, também suspensa.

Dylan da Silva e Hugo Abreu, à data dos factos com 20 anos, morreram e outros instruendos sofreram lesões graves e tiveram de ser internados no decurso da "prova zero".

Oito oficiais, oito sargentos e três praças, todos dos Comandos, a maioria instrutores, foram acusados de abuso de autoridade por ofensa à integridade física. Segundo a acusação, os arguidos atuaram com "manifesto desprezo pelas consequências gravosas que provocaram nos ofendidos".

Apesar desta redução das penas, a defesa da família das vítimas já veio louvar que o caso tenha terminado com a punição dos responsáveis e esperando que as Forças Armadas retirem uma lição deste processo.