
O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou hoje a denúncia contra nove militares e um policia acusados de planear o assassínio do Presidente brasileiro, Lula da Silva, e de outras autoridades como parte de um plano de golpe de Estado.
Os acusados alegadamente planearam assassinar Lula da Silva após a sua vitória nas eleições de outubro de 2022, como parte de um plano para manter Jair Bolsonaro, que foi derrotado na sua candidatura à reeleição, no poder, de acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República.
O plano também incluía a morte do então vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e do juiz Alexandre de Moraes, na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
A Procuradoria-Geral da República acusou dois generais, três coronéis e seis tenentes-coronéis, todos na reserva e, na sua maioria, antigos membros da força de elite treinada para operações especiais.
No entanto, as acusações contra dois deles, o general Nilton Diniz Rodrigues e o tenente-coronel Cleverson Magalhães, não foram aceites e a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal considerou, por unanimidade, que não existiam provas suficientes contra eles.
De acordo com a Polícia Federal, responsável pela investigação, o próprio Bolsonaro tinha "pleno conhecimento" do plano, algo que este negou veementemente, assim como os dez suspeitos acusados na terça-feira.
As acusações contra estes arguidos foram aceites um dia depois de a Primeira Turma ter começado a interrogar as testemunhas do processo contra Bolsonaro e sete dos seus colaboradores.